Agora em carreira solo, Noel Gallagher tem dado entrevistas reveladoras sobre sua ex-banda, o Oasis. A última da vez foi publicada pela Details Magazine, na qual o músico admite que o grupo usou muitas drogas durante o processo de gravação do terceiro álbum, Be Here Now.
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Segundo Noel, o disco quase foi um fiasco porque os integrantes usaram muita cocaína. “Estávamos usando toda a cocaína que pudéssemos encontrar. Quando você usa cocaína, você acha que tudo que faz é incrível”, explicou.
O disco, lançado em 1997, era a sequência do Oasis a (What’s The Story) Morning Glory?, de 1995, álbum que estourou o grupo mundialmente com os hits Wonderwall, Roll With It, Don’t Look Back in Anger e Champagne Supernova.
Pressionados pelo sucesso anterior – que chegou a ser o quarto disco mais vendido em todos os tempos no Reino Unido, atrás de nomes como Queen, Beatles e Abba – o grupo de Manchester não conseguiu repetir o mesmo êxito com o terceiro álbum, apesar de emplacar singles como Don’t Go Away, Stand By Me e D’You Know What I Mean? nas paradas.
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Na época do lançamento de Be Here Now, o disco foi taxado pela imprensa especializada como “pretensioso e egocêntrico”. O próprio produtor do álbum, Owen Morris, disse que “a única razão [para o disco] era dinheiro”, e que Noel passou a achar que “Liam Gallagher era um péssimo cantor”, ao passo que Liam “estava convencido de que odiava as canções do irmão”. Tudo isso em meio a muitas drogas, brigas, más vibrações e gravações ruins.
Passado o turbilhão, Noel admite que Be Here Now é um dos discos menos inspirados do Oasis. “O álbum é um dos meus menos favoritos, mas com ele tivemos grandes tempos. Éramos a maior banda do mundo”, recorda. “Aqueles discos são seminais, como o Nevermind do Nirvana. E Definitely Maybe… os mais jovens deveriam tomar conhecimento de tudo que perderam. Me sinto feliz por ter feito aqueles álbuns e escrito todas aquelas músicas.”
Apesar do aparente saudosismo, Noel insiste que prefere olhar para a frente, com seu disco solo recém-lançado, Noel Gallagher’s High Flying Birds. “Eu não olho fotografias ou ouço meus trabalhos antigos. Quem liga pra isso?”, conclui.
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