Nesta terça-feira (9 de setembro), a morte de Champignon, baixista do Charlie Brown Jr., completa um ano. O músico, que formou A Banca logo depois que Chorão morreu, nos deixou apenas alguns meses depois de seu antigo parceiro de banda. Os dois deixaram saudades e aqui listamos as 10 coisas que perdemos com o fim do Charlie Brown Jr.

1. O dialeto caiçara – Chorão e o Charlie Brown foram os responsáveis por apresentar para o resto do Brasil o “dialeto caiçara”. Afinal, você sabe o que significa “You got a biron bacon xotonson, Give up legalize! Travazon, rasga rasgazon, travazon yeah! Não vou me preocupar, velha chata vai tá lá, yeah!”? Pois por incrível que pareça, isso faz sentido e o Chorão explica nessa entrevista aqui (a partir dos 11:34).

2. As melhores mensagens de amor do rock brasileiro – Apesar da imagem de durão, todos sabem que Chorão tinha o coração mole. O que dizer de versos como: “Oh minha gata, morada dos meus sonhos / Todo dia, se pudesse eu ia estar com você / Já te via muito antes nos meus sonhos / Eu procurei a vida inteira por alguém como você / Por isso eu canto a minha vida com orgulho / Com melodia, alegria e barulho”, de “Dias de Luta, Dias de Glória”? Isso sem falar de “Proibida pra Mim”, uma das maiores declarações de amor já feitas em língua portuguesa.

3. Uma das melhores parcerias da música nacional – Champignon sem Chorão era como Buchecha sem Claudinho e vice-versa. Os dois viveram uma relação de amor e ódio até o fim da vida, com brigas e reconciliações, lavagem de roupa suja em público no meio de um show, mas muitas canções que marcaram uma geração.

4. As melhores apresentações ao vivo – Quem já foi em um show do Charlie Brown sabe que a banda era provavelmente uma das melhores do mundo no palco. A energia de Chorão era incrível. O legado do Charlie Brown fica nas músicas e nos discos, mas é triste saber que não teremos mais as apresentações ao vivo. :(

5. Apresentações inesquecíveis na televisão – O Charlie Brown fez apresentações históricas no VMB da MTV.

Luau MTV!

E no Jô Soares, claro.

6. O carisma em forma de ser humanoO que dizer desse cara que mal conheço, mas já considero pakas?

E esse sorriso?

E esse vídeo dele com 16 anos? <3

7. A valorização do rap nacional – O Charlie Brown fez parceria com muitos rappers numa época em que o rap ainda não era o que é hoje no Brasil. Sabotage e MV Bill foram alguns que gravaram com Chorão, que apesar de liderar uma banda de rock era muito respeitado no meio do hip-hop.

8. Mensagem positiva sempre – Mesmo quando estava mal, um pouco antes de morrer, Chorão nunca deixou de levar a sua mensagem postiva para os fãs. Seja por meio das suas músicas, dos shows e até mesmo de suas atitudes.

9. Músicas com gosto de fim de semana na praia – Ouvir Charlie Brown hoje é ser jogado para um tempo em que as coisas eram mais fáceis. “Resolvi pensar em nós, vou te levar daqui”. Quer música melhor para colocar pra tocar no carro e partir rumo a uma praia ensolarada?

10. A valorização das coisas simples – Chorão, Champignon, Marcão, Thiago, Pelado e todos os outros que passaram pelas várias formações do Charlie Brown sempre representaram um estilo de vida simples, exaltando sempre a cidade natal, Santos, respeitando as pessoas e as coisas que realmente importam. Tente ver esse vídeo e não se emocionar:

E “vamos viver nossos sonhos, temos tão pouco tempo”. Chorão e Champignon são a prova disso.


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Um ano sem Champignon: as 10 coisas que perdemos com o fim do Charlie Brown Jr.