Na última madrugada de sábado para domingo aconteceu a mais recente edição da festa rave TRIBE, na fazenda Maeda, no município de Itu.

A maior franquia de raves do país trouxe grandes nomes do cenário eletrônico internacional como Astrix, Pixel, Wrecked Machines e D-Nox & Beckers. E o Vírgula foi curtir a festa no meio da galera pra contar o que rolou.

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O Local

A festa estava programada para rolar na fazenda Guarizão, porém, a pedido da prefeitura de Itú, foi mudado quatro dias antes do evento para a fazenda Maeda. A decisão foi tomada por conta da Maeda já ter abrigado eventos do tamanho da Tribe diferentemente da Guarizão.

O local é de muito fácil acesso para quem vem de São Paulo a aproximadamente 40 minutos pela rodovia Castelo Branco. A chegada a fazenda era tranquila apesar da grande fila de carros que fluia com certa lentidão.

A Entrada

Problemas com a fila. O empurra-empurra generalizado e os bloqueios mal colocados coloboravam com a confusão. A falta de sinalização também complicava as coisas.

Só 40 minutos depois é que foi possível entrar na festa efetivamente. Isso graças a série de revistas e alguma má vontade da equipe de seguranças.

Estrutura

A Tribe sempre surpreende pela grandiosidade e essa edição não foi diferente. Mesmo com a mudança de local às pressas foi possível para a organização montar uma estrutura compatível com o tamanho da festa.

O monstruoso Main Floor da última edição da Tribe Psychogarden voltou a cena neste ano, fato que incomodou alguns dos presentes.

As outras tendas foram bem colocadas de maneira que havia pouca interferência da música dos outros ambientes.

Os banheiros quimicos formavam grandes ambientes, o que facilitou o acesso de todos.

Os bares estavam tranquilos. Mesmo com a grande disputa de lugares o atendimento era rápido.

A parte de alimentação em compensação era uma decepção. Com poucas opções e a preços salgados, conseguir um lanche era uma luta sem fim.

A Noite Fria

Apesar dos pesares o clima da festa era muito bom. Rodrigo Leal aquecia o Main Floor enquanto os ingleses do King Roc ferviam o Palco Tribe.

O World Music Stage, com ares de chill out, trazia diferentes vertentes da música eletrônica como o trip-hop e até o Dub. Destaque para a orientação indiana do som do Sallum.

A equipe de segurança teve trabalho com algumas tentativas de invasão. Mas mesmo após terem pulado o muro, os aventureiros quase nunca conseguiam chegar ao Main Floor antes de serem apanhados pelos seguranças.

No palco principal, as mudanças de última hora no line-up confundiram um pouco a galera. O Pixel entrou para tocar as 4h, incendiando a pista lotada. O set do isralense tirava a pista do chão em todas as músicas.

A dupla Xerox & Illumination veio em seguida pra segurar a pista. Mesmo com um set bem parecido com o da última apresentação no Brasil, eles conseguiram tocar a festa junto com os primeiros raios do sol.

O dia escaldante

O gostoso sol da manhã porém foi ofuscado pelo brilho de outra estrela. Astrix apareceu para enlouquecer de vez o grandioso Main Floor, que ficou pequeno para o produtor.

Arrancando gritos da platéia a cada virada, Avi Shimalov não deu deascanço para a pista durante suas quase duas horas de live. mesclando clássicos como Sex Style com faixas do seu novo álbum, Red Means Distortion

O ponto alto foi Closer to Heaven, com uma subida inacreditável, fez a festa explodir sob o sol quente.

Sol quente que aliás castigou a festa a partir do live do Sub Six e indicou o principal problema da Tribe, a falta de sombra.

A fazenda Maeda é um deserto. Em todo o perímetro da festa só havia uma árvore. As únicas sombras eram a área de alimentação e as tendas.

As pessoas deitavam próximas aos muros para buscar um refresco do sol quente. A temperatura nas pistas também subiu muito. Já que além do flagelo do calor, o Main Floor recebia os açoites do Wrecked Machines e o Tribe Club pegava fogo com os alemães D-Nox & Beckers e seu trance progressivo com molho eletro.

Má fama que persegue

É fácil de entender o porque as pessoas vêem as raves como nocivas à juventude. As escorregadas, as vezes feias, da organização da Tribe mostram que eventos deste tamanho ainda não tem como se adequar as novas regras propostas pela câmara dos deputados do Estado de São Paulo.

Mas o que não é noticiado e nem mesmo passa pela cabeça dos críticos é o clima da festa.

As pessoas dirigem 70 quilômetros, pagam ingressos caros, enfrentam todo o tipo de complicação, empurra-empurra na porta, falta de alimentação adequada e sol na cabeça sem perder o sorriso.

O tom da festa é a diversão livre, sem confusão nem brigas. Só muitos amigos disputando espaço para assistir aos maiores nomes do trance mundial.

Mesmo estando ainda longe do que é o verdadeiro espirito das raves, a Tribe Psychogarden deu ao povo o que o povo quis. Trance, diversão e festa.


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Tribe Psychogarden: A maior rave do país, vista do meio da galera