Lucas Lucco foi impulsionado ao estrelato em Goiânia. Por isso, ele decidiu homenagear a capital goiana no título do seu novo DVD A Origem – Ao Vivo em Goiânia.
Todas as faixas do novo DVD já estão disponíveis nas plataformas digitais – e que em breve todos os vídeos estarão no canal do Youtube do artista.
Deste trabalho, o popstar, ator e compositor mineiro, de 27 anos, já emplacou um hit: Briguinha Boba (Pã Pã Rã Pã Pã), que ultrapassa a marca de 8 milhões de visualizações.
Pelo que adianta na entrevista, os fãs podem esperar mais música alto astral que já surgem como aposta para o verão 2019.
Lucas concedeu entrevista na sede do Deezer, em Pinheiros, São Paulo, pouco antes de fazer um pocket show.
Na entrevista ele fala sobre vida fitness, da mãe – a musa de 42 anos Karina Lucco – , tendências, música sertaneja e outros assuntos:
Por que você faz questão de postar sua rotina de treinamentos nas redes sociais. Isso é uma forma de trazer motivação para os fãs?
Lucas Lucco – O artista quando tem a oportunidade de ter um alcance enorme, poder falar para milhares de pessoas, a gente tem que aproveitar isso da melhor forma possível. A gente falar do que faz bem, do que é bom. Além da música, que já é algo que as pessoas gostam muito, eu gosto de falar sobre saúde. Eu gosto de postar sobre saúde porque é um incentivo para quem tá vendo.
Eu tento desde o início da minha carreira, manter esse tipo de pensamento, de que a troca que você dá por uma atenção, é essa de passar coisas boas, coisas interessantes, coisas que as pessoas possam levar para a vida delas. Assim eu faço nos meus clipes, nas minhas redes sociais.
Você considera isso uma extensão do seu trabalho?
Lucas – Não é nem a extensão do trabalho, mano, é uma coisa natural. Tem que ser assim, faz parte de mim como pessoa, como artista e tudo vai se anexando, tudo se junta.
Até a sua mãe também está sendo chamada de musa fitness, vocês trocam informação.
Lucas – Demais. Eu amei, fico muito orgulhoso dela. Meu pai também é geração saúde. Não tanto quanto a minha mãe. A minha mãe já passou do… (levanta os braços) ela tá fitness ao extremo, nível hard.
Segue tudo bonitinho, para isso tem que ter disciplina, eu sei como que é, então, eu fico orgulhoso dela e também porque isso acaba sendo uma extensão da minha forma de viver. A minha mãe repassa a mesma ideia de saúde para os seguidores dela. Isso é bacana demais. Tem o Lucas, tem a mãe, aí meu pai às vezes também posta uma coisa ou outra, e assim vai.
Você concorda que a música brasileira mudou o eixo de Rio-São Paulo para Goiânia-Cuiabá?
Lucas – Cara, o sertanejo conquistou o Brasil todo, não tem lugar onde não tenha sertanejo. Mesmo nas cidades onde antigamente era rock and roll. Posso dizer que Curitiba era rock and roll há um tempão atrás? Era mais ou menos um pólo do rock. Muito show na Pedreira (Paulo Leminski).
Mesmo a dificuldade que existia de entrar no Rio, Nordeste…
Lucas – Exatamente. Até hoje é um pouco difícil para alguns sertanejos entrarem no Nordeste. Porque o Nordeste tem artista lá, incríveis. É como se fosse uma parte do país voltada para aquele estilo e Rio de Janeiro era bem assim. Eles estavam virados para o estilo deles.
E hoje o sertanejo consegue entrar em vários outros Estados. A gente percebe isso pela agenda de shows. Uma hora você tá aqui, outra ali, Norte, Nordeste, Sul, Centro-Oeste, não tem limites.
Você acha que a música sertaneja ter abertura para diversos gêneros, como o rock, isso facilita?
Lucas – (Dá um gole na água) É que tem artistas e artistas, se você for falar do sertanejo, tem artista que prefere ficar no roots ali, na raiz. Outros já querem por um pouco de pop. No meu caso, a minha carreira foi repleta de colaborações de artistas de diversos gêneros. Principalmente com funk, mas já gravei com Detonautas, com rap, com reggae, com a galera lá da gringa…
Com a Pabllo…
Lucas – Com a Pabllo. No meu caso eu quis mesclar tudo isso e foi muito legal. Porque eu consegui levar minha música e minha arte para outras tribos, sem barreira. Eu fico feliz com essa soma.
Agora o poder que o sertanejo tem de deixar com que a gente misture outros ritmos, com certeza faz com que a música chegue a outros ouvidos. Isso amplia.
Você acha que existe algo na sua música que seja tipicamente do seu lugar de origem?
Lucas – Por eu ter uma base sólida musicalmente falando goiana, minha base musical, profissional, é Goiânia, eu tenho um pezinho no pop rock, a minha voz, ela tem um timbre diferente do que é comum no sertanejo, eu não tenho uma voz alta demais.
E isso começou em Minas, porque em Minas eu comecei cantando na igreja e depois fui pra barzinho e pizzaria cantando pop rock, MPB e sertanejo. Acho que isso me deu… eu respondi bem a sua pergunta?
Sim, respondeu sim. Por que quis gravar esse DVD e deu nome de A Origem?
Lucas – Primeiro com intenção de agradecer ao Estado de Goiás e a Goiânia, que foi lá como eu disse, que eu dei meus primeiros passos profissionais, que comecei a fazer meus primeiros shows, lotar as casas, aquela energia. E muito rapidamente eu comecei a ir para todos os outros Estados. É minha gratidão mesmo ao Estado, a cidade que me acolheu.
Como eu gravei meu primeiro DVD em Patrocínio, minha cidade natal, eu achei que por sequência em devia fazer em Goiânia. Seguindo essa rota do meu caminho rumo ao reconhecimento.
A música sertaneja tem décadas de predomínio como a mais popular do Brasil, como você acha que ela conseguiu se manter, você tem alguma ideia?
Lucas – Tenho sim. Eu sei porque quando o sertanejo tinha que se manter, eu já estava na faculdade. O sertanejo começou a se manter como sertanejo universitário, foi um desdobramento, deu um boom no sertanejo.
Eu tava no meio dessa galera, eu ainda bebia, eu chapava o melão ouvindo sertanejo universitário. Amava. Eu vi as duplas regionais surgirem, veio César Menotti & Fabiano, lembra? César Menotti & Fabiano, João Bosco e Vinicius, máximo respeito. Depois veio Jorge e Mateus, João Neto e Frederico… eu acompanhei tudo isso.
O que eu fiz foi só pegar esses exemplos que eu já tinha e colocar a minha alma naquilo, que é um pouco mais atualizada. E com certeza vão vir outros que vão me atualizar e assim que dá sequência nas coisas, apesar de apostar muito nos outros gêneros ali para a sequência dos anos…
E o que você acha que está rolando de tendência dentro e fora do sertanejo?
Lucas – Dentro do sertanejo, o meu DVD expressa muito isso. Achei que estavam faltando músicas divertidas para galera ouvir na noite, sertanejo.
Eu percebo nas minhas colaborações com o funk que a galera estava dando um espaço maior pro funk nas festas universitárias, por falta de música animada para se ouvir em festas. Então eu quis basear o meu DVD nisso, em músicas divertidas para a galera ouvir na noite, good vibes, boas vibrações. E eu também lógico, eu fiz uma música romântica, que não pode faltar no meu repertório.