Formada por músicos argentinos, brasileiros e uruguaios, a banda Perotá Chingó se apresenta nos dias 4 e 5, na Comedoria do Sesc Pompeia.
A banda é formada pelas duas argentinas, Julia Ortiz e Dolores Aguirre, o brasileiro, Martin Dacosta e por Andres Villaveiran, também argentino.
A identidade musical se compõe de uma ampla variedade de estilos como a zamba argentina, a chacarera, o samba brasileiro, o candombe, a música popular chilena, e o joropo venezuelano, levando a música latina em suas muitas variedades para as apresentações. De acordo com os integrantes, o estilo de musical que tocam é ‘música viajante’.
O primeiro álbum da banda, Perotá Chingó, foi lançado em 2013 e o segundo, Águas, em 2017.
Vocês já trabalharam con Lenine, Djavan, Chico Cesar, que outros nomes do Brasil são referências?
Julia Ortiz – Diria que André Abujamra, de São Paulo, com quem trabalhamos também. Formamos uma parceria na composição de um tema para seu último disco Omindá, também fizemos dois temas dele em nosso repertório. Além disso realizamos uma parceria de composição e gravamos um disco em espanhol.
Em que vocês estão trabalhando atualmente?
Julia – Ano passado terminamos de gravar nosso disco Agua e hoje em dia seguimos apresentando ele nos lugares onde ainda não fomos. Também estamos começando a incluir toda a história de Perotá Chingó dentro da obra, canções velhas, canções que fizemos no princípio, e as canções novas de Aguas, tentando fazer um show que integre toda a história e ao mesmo tempo também tentando trazer coisas novas. Na sonoridade estamos começando a integrar um pouco do eletrônico além do ritmo folclórico que havíamos tocando e estamos tentando atrair outras cores musicais dentro da paleta.
Que características vê como mais marcante da sua geração?
Julia – Cremos que somos uma geração que está rompendo com muitos estereótipos que nossos pais e avós carregavam. Viemos nos libertar de muitas ideias impostas de como deveríamos ser.
O que o disco Aguas trouxe para vocês e como surgiu o conceito?
Julia – Aguas surge de uma viagem que fizemos pelo México ano passado. A água representa a atenção e cuidado e ao mesmo tempo todos os estados emocionais, em todas as suas diversas formas. O disco é muito emocionante e passa por muitos estados. Gostaria de integra-lo com a viagem das águas. Podendo ser interpretado também como o útero, que viaja pelo rio e que termina no mar e no oceano. E essa é a viagem que propõe o disco também.
Creem que o Brasil um dia será mais integrado à América Latina? Que políticas deveriam ser tomadas¿ Que políticas deveríam ser tomadas?
Julia – O Brasil está começando a se entender como latino-americano e a nos ver como irmãos e não tanto como gringos. Assim, seguimos mais unidos. Conseguiremos nos identificar mais e mais uns com os outros, como habitantes dessa grande ilha bonita e cheia de cultura e magia.
SERVIÇO
Perotá Chingó
Dias 4 e 5 de agosto de 2018, sábado, às 21h30. Domingo, às 18h30
Comedoria *A capacidade do espaço é de 800 pessoas. Assentos limitados: 150. A compra do ingresso não garante a reserva de assentos. Abertura da casa com 90 minutos de antecedência ao início do show.
Ingressos: R$9 (credencial plena/trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes), R$15 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) e R$30 (inteira).