Lynyrd Skynyrd


Créditos: Manuela Scarpa/Photo Rio News

Parte do público parecia cansado e desanimado depois de horas de apresentações no segundo dia do SWU Music & Arts Festival. Mas nem a chuva nem o longo – e lento – show de Peter Gabriel no Palco Consciência fez os fãs de Lynyrd Skynyrd irem embora antes do fim.

Munidos de bandanas, capas de chuva e copos de cerveja, os fãs do grupo comemoraram quando uma gravação anunciou a entrada da banda dali a alguns instantes. Shoot To Thrill, do AC/DC, aqueceu o público antes que o septeto entrasse no palco e soltasse os primeiros acordes de Workin’ For MCA.

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É impossível não considerar a atual formação do Lynyrd Skynyrd como uma banda tributo à original. Amputado por uma queda de avião em 1977 que matou três membros, hoje o grupo tem somente um integrante da formação clássica, o guitarrista Gary Rossington. Até o repertório, composto majoritariamente por faixas dos dois primeiros discos do grupo (Pronounced ‘lĕh-‘nérd ‘skin-‘nérd, de 1973, e Second Helping, de 1974) , remete ao passado. O que, então, os atuais integrantes têm a oferecer?

De acordo com a recepção calorosa neste domingo (13), o público brasileiro não está muito preocupado com isso. Faixas mais recentes, como Skynyrd Nation, do álbum God & Guns (2009), não empolgam nem atrapalham, e a interação do frontman Johnny Van Zant – irmão de Ronnie Van Zant, ex-vocalista do grupo que morreu no acidente aéreo – é simples e eficiente, assim como os discretos efeitos de iluminação e as imagens mostradas no telão ao fundo do palco.

A partir do clássico Simple Man, uma chuva fina voltou a cair em Paulínia, e no momento certo. A balada, dedicada a todos os ex-integrantes do grupo já falecidos (oito, no total), empolgou os presentes, e daí para frente o show parecia uma grande volta olímpica, com sucessos animando o público à medida que o setlist avançava.

O final com o mega-hit Sweet Home Alabama poderia muito bem encerrar o show em grande estilo, mas os fãs pediram mais: eles queriam Free Bird, a faixa mais famosa do grupo e responsável pela popularização de um dos solos de guitarra mais lendários da história do rock.

A música é dividida em duas partes – metade balada, e metade solo de uma, duas e às vezes três guitarras simultâneas – em um total que ultrapassa os dez minutos. A explosão da plateia nas primeiras notas tocadas pelo guitarrista Rickey Medlocke impressionou, e serviu como a finalização perfeita para a noite da nostalgia no SWU.

Setlist:

01 – Workin’ For MCA
02 – I Ain’t The One
03 – Skynyrd Nation
04 – What’s Your Name
05 – Down South Jukin
06 – That Smell
07 – Same Old Blues
08 – I Know a Little
09 – Simple Man
10 – T For Texas
11 – Gimme Three Steps
12 – Call Me The Breeze
13 – Sweet Home Alabama
14 – Free Bird


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