Quem frequentou as boas pistas de techno em 2003, não esquece de uma música chamada La Onzième Marche. A faixa combinava um pulso forte com uma melodia densa, hipnótica e bem marcante. Foi assim que o mundo conheceu o som do francês Agoria, que toca no Skol Beats 2008.

Nascido Sebastien Devaud em Lyon, com uma mãe cantora de ópera e um pai arquiteto, Agoria cresceu numa casa onde se ouvia muita música. Em meados dos anos 90, começou a tocar como DJ e, um pouco depois, já se aventurava na produção. Seus primeiros discos passaram meio batido, mas depois de seu estouro com “Onzième” ele não olhou mais para trás.

Influenciado pelo jazz e pelo techno de Detroit, lançou seu primeiro álbum, “Blossom”, em 2004. Este já contava com algumas colaborações de respeito, como a cantora Ann Saunderson e os produtores Michael Mayer e Alexander Kowalski.

No ano seguinte, Agoria já estava a mil por hora. Além de uma agenda lotada como DJ, arrumou tempo para mixar a coletânea “Cute & Cult”, que fugia do set previsível da maioria dos DJs e mesclava faixas de Radiohead e Iggy Pop no meio do eletrônico.

Em 2006 veio o segundo álbum, “The Green Armchair”. E mais diversidade: Agoria chamou para fazer vocais artistas de diferentes áreas, como Peter Murphy, da banda gótica Bauhaus, a diva electro Princess Superstar e a rapper “old school” Neneh Cherry.

Mas diversidade tem limite. Tanto que Agoria já recusou ofertas para remixar Pet Shop Boys e Benny Benassi. “Não faço remixes pelo dinheiro. Me ofereceram bastante para fazer, mas eu simplesmente não gostei das músicas”, ele declarou ao site Beatportal.

No fim de 2007, ele assinou outra coletânea mixada, “At the Controls”. Mais uma vez ele fugiu do convecional e mesclou músicas de pop, rock e experimental com as batidas mais direcionadas à pista de dança.


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Skol Beats: saiba mais do nada convencional Agoria