Silvia Machete lança ‘Souvenir’ e faz show em São Paulo nessa sexta; saiba mais

Silvia Machete está chegando a São Paulo, e com novidades! A cantora, compositora e performer carioca vem para a capital paulista apresentar canções de seu novo álbum, Souvenir, no Sesc Belenzinho, nessa sexta (22). 

O álbum foi produzido entre o Brasil e os EUA e é permeado de toques pernambucanos, paulistas, cariocas, lusitanos, norte-americanos e franceses. Nele, Silvia interpreta canções dos portugueses Sergio Godinho e Jorge Palma. Dos brasileiros, Chico Buarque e Angela Ro Ro estão bem representados com as canções Tango da Bronquite e Tatuagem. Moraes Moreira, Davi Moraes e Eduardo Dussek também aparecem no disco com uma composição cada um.

Para celebrar o nascimento de Souvenir, Silvia falou ao Virgula Música sobre o trabalho e adiantou que a expectativa para o show de lançamento é alta. Veja a entrevista;

Virgula Música: Souvenir tem algumas participações especiais. Me fale sobre elas. 

Silvia Machete: O pianista americano Jason Lindner foi um que contribuiu bastante. Ele é de uma nova geração do jazz. Gravamos a música Tatuagem, do Chico Buarque, que é bem tradicional, e ele fez uma releitura completamente diferente do que já foi feita, sem aquela seriedade da obra do Chico. Gravei com ele também A História de Um início, que é de um compositor da minha geração, o Arthur Dutra. É uma canção que também tem uns acordes bem brasileiros e o Jason foi lá e deu uma modificada, colocou aquele ar mais nova-iorquino. O Pupilo, da Nação Zumbi, também tocou com os meus músicos, e o Bruno di Lullo, que o baixista que toca com a Gal Costa, também participou.

Moraes Moreira e Davi Moraes participam do disco. Como foi o envolvimento deles no trabalho?

O produtor do disco, Fabiano França, trabalha com o Moraes, daí tivemos uma aproximação por conta disso. Um dia o Moraes me apresentou a música Nada, e gravamos. Moraes e Davi também tocaram na faixa.

Eduardo Dussek colabora com a música Totalmente Tcha Tcha Tcha. Como aconteceu essa parceria?

Eu e o Edu somos do mesmo mundo faz tempo. O mundo da coisa do humor, o de não se levar a sério, da performance e da irreverência. Então me identifico muito com o trabalho dele. Nos desencontramos muitas vezes, mas agora fui atrás dele e ele veio com essa música, que abre o disco.

Porque você escolheu as músicas Tango da Bronquite, da Angela Roro,  e Tatuagem, do Chico, para incluir no disco?

Tango da Bronquite é muito engraçada e teatral. Ela é uma versão mais elaborada de uma música minha que se chama Toda Bêbada Canta, que coloca a mulher em uma posição de desespero, de aflição, e isso é cômico pra mim. Fora que sou muito fã da Ro Ro. Já em Tatuagem, resolvi brincar com a música, e até fizemos um vídeo divertido para a canção. A música original é pesada, mas eu não vejo dessa forma, vejo de um jeito mais leve.  

O que lhe inspirou para fazer a música Dois Cachorros?

Tenho dois buldogues franceses, o Chico e a Salomé. Quando eu e meu marido nos conhecemos, eu tinha um cachorro e ele tinha o outro, daí unimos os dois. Na verdade, escrevi essa música para a Roberta Sá, mas ela não gravou. Então eu gravei.

Verdade que o álbum foi feito com ‘calma e experiência’? Em que situação você percebeu isso? 

A calma veio antes de começar a gravar o disco, pois fiquei quatro anos sem registrar nada. E como sou uma artista independente, preciso planejar os meus passos, pela questão financeira também, já que todos os custos saem do meu bolso. A experiência é devido à produção executiva do disco que eu mesmo fiz, que deu muito trabalho e acabei conseguindo fazer essa parte sem muita ajuda.

O que o público de São Paulo pode esperar do show? Terá alguma surpresa?

A minha expectativa é alta. Me disseram que o teatro do Sesc Belenzinho é lindo. Bom, uma das surpresas é que Eduardo Dussek vai participar do show e tocaremos uma música dele chocante em que vou fazer uma dança interpretativa. Mas terão mais surpresas, tem que ir para saber.

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