Na noite de sábado, 1 de abril, um famoso estabelecimento de comida fast food ao lado do Allianz Parque, em São Paulo, estava super lotado; não de clientes, mas de pais e mães que esperavam seus filhos saírem do show de Justin Bieber que acontecia no Estádio. Maria Antônia Teixeira, de 56 anos, veio de Minas Gerais e comprou camiseta, boné e faixa do astro para a filha, que estava assistindo ao ídolo. “Agora só falta conseguir a bandeira em que ele está numa pose que parece estar rezando“, disse ela ao Virgula, se referindo à foto de capa do álbum Purpose.
Do lado de dentro do Estádio, Bieber fazia a filha de Maria Antônia e outras milhares de fãs gritarem histericamente sem parar, enquanto dançava e cantava seus maiores hits. Bem, o verbo ‘cantar’ foi substituído por um playback que esteve frequente em praticamente todas as músicas, e bastante perceptível quando o astro, nos intervalos das canções, falava com o público e sua voz parecia embolada, diferente da nitidez de quando “cantava”. Mas convenhamos, dos presentes quem se importava com esse detalhe?
De repente, um susto que quase infarta os fãs. Ao final de uma canção um locutor brasileiro fala ao microfone que Bieber estava com problemas e não poderia dar continuidade à apresentação. Ou seja, ela se encerraria ali. Porém, antes que todos pudessem expressar suas caras de ‘WTF??’, o cantor reaparece e diz que é pegadinha de 1º de abril, considerado o Dia da Mentira, e volta à programação normal do show. Fanfarrão esse Biebs, não?
Ele também mostrou sua habilidade na bateria e exerceu seu lado ‘moço de bom coração’ ao dançar e interagir com crianças brasileiras que foram escolhidas a dedo para subir ao palco. Depois, apareceu com uma camisa oficial do Palmeiras, clube da casa, e permaneceu com ela até o encerramento.
Bieber com camisa do Palmeiras
No repertório, hits radiofônicos como I’ll Show You, Where Are Ü Now (do Jack Ü), Boyfriend, Get Used to It, Cold Water (do Major Lazer) e Love Yourself. Essas duas últimas tocadas em versões acústicas e sozinho, acompanhado apenas de um violão e sentado em um sofá numa plataforma que ficava no meio do público.
Claro que, antes de deixar o palco, ainda teve os mega hits What Do You Mean?, Baby, Purpose e o mais esperado de todos, Sorry, que chegou junto de uma chuvinha que resolveu cair bem na hora que ele começou a cantar. Mas, quem disse que isso esfriou os ânimos?
Enfim, Bieber trouxe ao Brasil a produção completa da Purpose World Tour e fez valer à pena quem ficou meses esperando na porta do Estádio, ou mesmo quem chegou atrasado. Em Terra que Michael Jackson não habita mais e que Justin Timberlake sofisticou (ou amadureceu, se preferir) seu som, Justin Bieber se destaca como um dos grandes astros masculinos do pop atual, mesmo que seu show seja um tanto ‘robotizado’, com os movimentos friamente calculados.
Ao final, Maria Antônia encontrou sua filha, com os souvenirs comprados e a bandeira que estava procurando em mãos. Resumindo: não basta ser pai e mãe, tem que participar e levar o filho(a) ao show do Justin Bieber.