Em diferentes tons de dourado, Shakira voltou ao Brasil após sete anos e mostrou que continua sendo uma das maiores popstars do planeta. Empolgada, linda e falando português, ela não para de rebolar um segundo, fazendo com que Allianz inteiro também balance.
Seu repertório intercala hits antigos e recentes, revelando um panorama do que é o pop latino hoje e também de seu passado recente. Com Shakira, o pop se torna clássico. Por isso a opção pelo preto tanto no palco como na plateia. O preto também ressalta o amarelo. Não à toa, a turnê se chama El Dorado World Tour.
Há acenos ao reggaeton contemporâneo e à música eletrônica com DNA latino, mas o que levanta a galera são sucessos como Estoy Aqui, logo na abertura, e Waka Waka, a última antes do bis.
Sem bailarinos, músicos homens e mulheres ganham protagonismo. Shakira toca guitarra, violão, teclado e bateria. Problemas na voz não impedem que sua performance seja impecável. Ela é a diva que todos querem copiar, modelo máximo que pavimentou a estrada para que pudessem chegar novas artistas latinas como Camila Cabello e Anitta.
Shakira nos faz perceber que apesar de sermos o único país que fala português ao sul da América, nós, brasileiros, somos latinos. Assim como o fogo também é dourado, esta chama e este ouro estão dentro de nós.