Sey_carnaval

(Divulgação)

Ter uma banda transitando pelo underground nacional não é tarefa das mais fáceis, e, se você conseguir atingir a marca de 13 anos invicto nessa cena, já pode se considerar um vencedor. Nesse podium, o Seychelles, de São Paulo, sobe facilmente. O grupo formado por Gustavo Garde, Fernando Coelho, Renato Cortez e Paulo Chapolin (mais o novato Renato Spinosa) está celebrando dez anos de seu primeiro disco, o Ninfa do Asfalto, que, quando lançado, foi badalado com resenhas que associavam o som aos Mutantes, Secos e Molhados e artistas da Vanguarda Paulistana.

Para essa comemoração não passar em branco, o grupo resolveu fazer um show especial nesta sexta (18), na Associação Cultural Cecília, em SP (detalhes abaixo) e promete relembrar esse discaço no set, além de outros hits que os acompanharam nessa jornada.

O Virgula foi trocar uma ideia com a banda, que lembrou o quanto o álbum apontou novos rumos artísticos e profissionais aos Seys. “Antes do Ninfa a gente era, literalmente, uma banda de garagem. Tocávamos pros amigos em bares e estávamos muito mais focados em compor, em criar nosso repertório e forjar uma identidade própria”, conta o vocalista Gustavo. “O Ninfa foi a nossa formatura! Com o EP de 2013, nós nascemos. Era tudo muito lúdico. Mas o Ninfa foi uma graduação. A partir dali, nos profissionalizamos”, completa o baixista Renato.

“O Ninfa também nos ajudou a ter claro onde poderíamos chegar e, especialmente, o quão importante é a participação dos parceiros para que um projeto desse porte ganhe vida. Nesse sentido, o papel do Fabio Pinczowski na produção e mixagem, e do Arthur Joly (Reco Head), na masterização, foram fundamentais.”, diz Gustavo.

Sobre as canções do álbum, os integrantes tiveram a missão de escolher suas preferidas. Renato optou por Terceira Pessoa: “Puts… essa tem uma pegada tribal, sensorial, psicodélica que é atemporal. Hoje soa muito bem ainda. Eu piro”, e Gustavo foi além: “Gosto de Remédio, da letra dela, do arranjo, dos riffs, do clima psicodélico. Acho que é o mais próximo que a gente chegou do conceito de “ópera rock”. O mais próximo que a gente chegou do Queen (risos)”.

(Foto: Habacuque Lima)

Para 2016, o Seycheles vem com um novo álbum.”Esse disco deve mostrar um outro lado nosso. Talvez mais maduro, talvez mais dançante – não sei bem. O fato é que estamos nos desafiando a compor em ritmos e linguagens que não somos tão familiarizados, como o funk (não confundir com o funk carioca) e o soul. O que a gente gostaria mesmo é de aprender a compor que nem o Stevie Wonder e o Otis Redding. Mas para isso, acho que só nascendo outra vez”, brinca Gustavo. “O disco tá 99% pronto e tá demais! A previsão é para o 1º semestre. Vamos ver.”, comemora Renato.

Para a nossa sorte, o underground segue vivo, com qualidade, e muito bem representado. Quem for ao show de sexta, verá!

 www.sey.art.br

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Serviço

Seychelles: Uma década de Ninfa do Asfalto
Associação Cultural Cecília
Rua Vitorino Camilo, 449
18/12, sexta feira, 20h
R$ 10


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Seychelles celebra 10 anos de "Ninfa do Asfalto" e militância no underground