Anita Tijoux

A poucos metros da estação da Luz, um dos lugares mais tretas de São Paulo, enquanto a chilena Ana Tijoux, ícone da nova geração de artistas latinos, encerrava a programação do palco Casper Líbero, o clima lembrava um festival. Só que hipsters bebericavam catuaba ao invés de cerveja cara e na esquina você encontraria um churrasco grego nada gourmet.

De evento gigantesco, que chegou a atrair entre 3 a 4 milhões de pessoas, a Virada Cultural deste ano foi bem menor – a prefeitura não quis fazer estimativa. Se perdeu em público e economizou com menos atrações internacionais, no entanto, ganhou com  menos violência e transporte funcionando.

Também acertado foi diminuir o perímetro em que o evento era realizado e ter descentralizado a programação, com atrações em todas as regiões da cidade.

Assim, a Virada recupera seu propósito de democratizar o acesso à arte e revitalizar regiões com arquitetura e diversidade humana impressionantes. Pena que só dure 24 horas, mas é uma forma de mostrar que é possível pensar em uma cidade com acesso à cultura e integração entre as pessoas. Veja em nossa galeria alguns pontos que curtimos na edição deste ano.


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Sem muvuca e com menos violência, Virada Cultural reencontra vibe

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