Sancha lança “Americanto”, projeto solo com produção de Pedro Sá (Foto: Divulgação)

Mineiro de Belo Horizonte, Sancha faz sua estreia fonográfica solo aos 33 anos, com o álbum autoral “Americanto”, produzido pelo guitarrista Pedro Sá. O projeto chega às plataformas de streaming dia 4 de agosto, pela gravadora Biscoito Fino.

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As canções do álbum foram sendo compostas nos últimos anos, à medida que Sancha foi desenvolvendo uma assinatura própria como compositor. “A música responsável por fazer o link conceitual entre as nove faixas foi “Por Aí”, que seria o título do álbum, mas vi que precisava de uma imagem mais concreta. Daí me veio a ideia de Americanto, uma palavra mais sonora que tinha a ver com o conceito anterior e, ao mesmo tempo, brinca com o duplo sentido do neologismo”, pontua Sancha.

No caldeirão de influências musicais de Sancha a lista de ingredientes é extensa e variada. Trata-se de um Beatlemaníaco que adora The Strokes, Beirut, Phillip Glass, Cartola, Olodum, Django Reinhardt, Raul Seixas, Los Hermanos, Jobim e João Gilberto, entre muitos outros. “Teve uma época em que comecei a colecionar CDs clássicos, aí me veio Secos e Molhados, Novos Baianos, Mutantes, Gil e Caetano, Tropicália, Itamar Assumpção. Como bom mineiro, não poderiam faltar Skank, Pato Fu, Tianastacia, Uakti e Sepultura”, lembra Sancha, que antes do projeto solo integrou a banda “Ledjembergs”, de 2007 a 2017.

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O álbum conta com convidados. O conterrâneo Renegado faz dueto na faixa “América do Sul”. A cantora Lisa Mallet participa em “Grafite”; e Coração de Andarilho é o convidado em “Terra à Vista” (Sancha / Lucas Ucá).

A produção é do guitarrista Pedro Sá, músico fundamental em trabalhos de Caetano Veloso, Gal Costa e Adriana Calcanhotto, entre outros. Pedro também toca guitarra, baixo e violão no álbum. “A primeira vez que vi o Pedro foi no show do Caetano, com a banda Cê: eu tinha uns 16 anos e fiquei deslumbrado. Sou muito fã da estética sonora e das ideias do Pedro Sá. O som que ele faz é uma amálgama do clássico com o moderno. Ele conseguiu criar uma atmosfera única para o álbum”.

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Pedro Sá, por sua vez, entrou no projeto depois de escutar canções enviadas ao guitarrista pelo pai de Sancha, produtor cultural. “Escutei as músicas e vi que o trabalho dele tinha uma identidade, uma atmosfera muito legal e encantadora. Imaginei o disco de um viajante, uma coisa meio cigana. Gostei disso e comecei a ter ideias em cima das impressões que eu tive”, conta Pedro. Por ter sido produzido em plena pandemia, o baterista Thomas Harres gravou à distância, o que não diminui em nada o entrosamento entre eles. “A gente se entendeu rápido. As ideias foram surgindo naturalmente. O Sancha sabia o que queria, mas ao mesmo tempo aceitou e curtiu as coisas que eu propus. Então, fomos chegando numa sonoridade bastante interessante e única”, complementa Sá.

https://youtu.be/QE9xqrFbDXM


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Sancha lança "Americanto", projeto solo com produção de Pedro Sá