O festival do Campari Rock começa os trabalhos hoje! A semana inteira de programação especial nas casas mais modernosas da cidade serviu apenas como esquenta para os shows do fim de semana.
Os magrelos do The Kills são a grande atração da noite, com o som do rock infiel e experimental. O casal tem dois álbuns em quatro anos de estrada, e suas maiores influências são Velvet Underground, Andy Warhol e Allen Ginsberg. Já viu…
Mas a experimentação musical não para por aí… Berg Sans Nipple é o nome da dupla que mistura rock, eletrônico e jazz, num som minimalista e bem estruturado. O nome quer dizer “Montanha Sem Mamilo”, numa mistura de alemão, francês e inglês. Deu pra sacar o som?
Além deles, o Freakplasma faz uma apresentação bem interessante de electro/tecnopop/new wave, com a vocalista Thaís Fasolo parecendo um mangá. Bem divertido.
Não dá pra deixar o septeto do Jumbo Electro de fora. A turma produz discopunk com diversas influências, como Mutantes e Kraftwerk, distintos e nobres.
Além deles, o Cansei de Ser Sexy se apresenta, bem como os escoceses do Optimo e o Apside, diretamente do berço do rock, a Califórnia.
No sábado também se apresentam grupos extremamente autênticos, como o monstro DKT/MC5.
Pra ter uma noção da força combativa dos caras, eles foram os únicos que restaram na apresentação de protesto de Lincoln Park, em Chicago, no ano de 1968, pelo descontentamento da Guerra do Vietnã. As outras bandas previram repressão policial pesada e sumiram. O quinteto levava as últimas consequências a militancia política no rock. Pancadaria, DKT desaparece em meio ao caos.
“Massacre sonoro até hoje sem paralelo em show de rock” é a opinião de alguns críticos. Dá pra imaginar?
Além deles, se apresentam no sábado Objeto Amarelo, Dungen, Los Pirata, Muzarellas, Mercenárias, entre outros.
Para concluir o festival, domingo acontece a festa de encerramento. Se apresentam Simon Reynalds com set pós-punk e DJ Magal. Belo desfecho.
Os ingressos podem ser comprados em livrarias ou pelo telefone 6846-6000.