Rolling Stones
Os Rolling Stones, um dos grupos de rock mais veteranos do mundo, surgiram neste sábado (30) rejuvenescidos em sua sensacional estreia no festival de música de Glastonbury, onde mexeram com a multidão com sua energia contagiosa e muitos de seus clássicos.
Dezenas de milhares de pessoas se abarrotaram no palco central, a Pirâmide, para ver os roqueiros, que, com uma média de idade de 69 anos, demonstraram que ainda têm “gás” para o momento.
O quarteto, liderado por “Sir” Mick Jagger vestido com uma jaqueta verde de lantejoulas, subiu ao palco por volta das 8h40 (horário local, 5h40 em Brasília) ao trepidante ritmo de Jumping Jack Flash.
“É genial estar aqui fazendo este show, neste festival”, disse Jagger após cantar It’s Only Rock n’Roll (but I like it), outra das músicas que enlouqueceu o público.
“Depois de todos estes anos, finalmente nos convidaram”, brincou, ao que Charlie Watts replicou com um repique de tambores.
Outros temas do show, de 2 horas e 15 de duração – dos quais os Stones só permitiram que uma hora fosse transmitida pela televisão -, foram Paint it Black e Glastonbury Girl, folk composto para a ocasião.
Wild Horses e Doom and Gloom – lançadas no ano passado – também foram tocadas no show, que contava na plateia com famosos britânicos como a modelo Kate Moss e seu marido Jamie Hince, a estilista Stella McCartney, o jogador Wayne Rooney e sua mulher Colleen e a modelo Lily Cole.
Para sua primeira participação em Glastonbury em 50 anos de carreira, os Stones prepararam um megaespetáculo, com uma ave fênix sobre o palco, que começou com fogos de artifício.
Apesar de ter percorrido o mundo várias vezes, o grupo britânico nunca antes tinham tocado no maior festival de música do Reino Unido, simplesmente porque, segundo explicou Keith Richards, “não coincidia”.
“É como um buraco negro no espaço ou algo assim, mas desta vez entramos”, disse o guitarrista, que também toca baixo e faz segunda voz na banda.
Antes do show, os presentes a Glastonbury começaram a “aquecer os motores” comprando camisetas e máscaras dos Stones, cuja música podia ser escutada repetidamente nos bares e diferentes palcos do evento.
A febre gerada pelo show do grupo foi avivada quando Jagger, Richards, o baterista Charlie Watts e o guitarrista e baixista Ronnie Wood entraram no palco, onde foram aclamados por uma multidão consciente de estar vivendo um momento histórico.
O primeiro show dos Rolling Stones em Glastonbury desde sua criação em 1962, superou o de outras bandas como Artic Monkeys, que deleitaram seus fãs na véspera, quando o festival foi aberto.
Outros participantes este ano são Mumford & Sons, Public Enemy e Chase & Status – que tocaram ao mesmo tempo que “suas satânicas majestades” -, Elvis Costello e Primal Scream, além do ex-Oasis Liam Gallagher, que apareceu na sexta-feira sem anunciar com sua nova banda Beady Eyes.
Outros músicos convidados são Dizzee Rascal, Rita Ora, Skrillex e a revelação do leste de Londres Rudimentar, além de Solange Knowles, cuja irmã Beyoncé foi a principal atração na edição anterior.
Após passar por Glastonbury, os Stones, que no publicaram recentemente o disco GRRR!, farão show em 6 e 13 de julho no Hyde Park londrino, onde não tocam desde 1969.
“Faz muito bem para a saúde tocar rock & roll em uma banda de vida limpa como os Rolling Stones. Vocês deveriam ver, é melhor que ir à igreja”, disse Keith Richards à BBC.
Sobre o segredo da longa duração do grupo, Richards brincou que é só “a determinação de sobreviver a todos os demais”.