Roger Waters apresenta The Wall ao vivo no Morumbi - São Paulo, 01/04/2012
Créditos: Divulgação/T4F
Roger Waters, ex-Pink Floyd, deixou alguns líderes religiosos raivosos ao comparar israelitas com nazistas durante uma entrevista ao site Counter Punch. “As semelhanças entre o que se passou nos anos 30 na Alemanha são esmagadoramente óbvias”, disse o músico, referindo-se à forma como os israelitas tratam os palestinos.
O rabino norte-americano Shmuley Boteach reagiu a estas declarações, acusando Rogers de antisemitismo: “Sr Waters, o nazismo foi um regime genocida que assassinou seis milhões de judeus”, escreveu no New York Observer, “quem tem a audacidade de comparar os judeus aos monstros que os assassinaram mostra que não tem decência, que não tem coração, que não tem alma”.
Waters, por sua vez, descreve o rabino israelita como “bizarro” e acusa de acreditar que os palestinos e outros árabes são “sub-humanos”, sugerindo que o “lobby judeu” é “extraordinariamente poderoso”. “Muitas pessoas fingiram que a opressão dos judeus não acontecia entre 1933 e 1946, portanto isto não é um cenário novo. Só que desta vez são os palestinoas que estão sendo assassinados”, defendeu o músico.
Essa não é a primeira vez que o ex-Pink Floyd se vê envolvido em uma polêmica como essa. O músico diz que tem o direito de incentivar os colegas artistas a boicotarem Israel, mas sempre afirma que não é antisemita. No começo de 2013, Waters foi criticado por utilizar nos seus espetáculos um balão em formato de porco com símbolos judeus como adornos, defendendo-se dizendo que havia vários símbolos políticos e religiosos no seu espetáculo e que não estava tentando apontar o judaísmo como força do mal.