
Rodrigo Marquês revela memórias musicais, inspirações e próximos passos na carreira (Foto: Divulgação)
Rodrigo Marquês construiu sua relação com a música desde a infância, em um ambiente familiar onde cada integrante tinha uma ligação com a arte. Ele lembra de batucar tampas de panela ao som das flautas do pai e das notas de piano da irmã. Ainda criança, decorou canções inteiras e se fascinava pelo poder da arte de emocionar. O momento de virada veio quando, em uma apresentação teatral, preferiu compor uma música inspirada em *Hamlet* no lugar de atuar. “Foi ali que nasceu o Marquês cantor”, recorda.
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As influências que moldaram seu estilo refletem sua vivência plural. Das fitas K7 que escutava em um walkman a caminho da escola — com Raul Seixas, Bob Marley, Barão Vermelho e Legião Urbana — aos grandes nomes internacionais como ACDC, Iron Maiden e Metallica, além de referências da MPB como Elis Regina, Milton Nascimento e Novos Baianos, sua formação musical é marcada por diversidade. No palco, a força de artistas como Cazuza, Ney Matogrosso, Freddie Mercury e Simbas, da banda Casa das Máquinas, serviram de guia para sua performance ao vivo.
O projeto Marquesaria nasceu com inspiração shakespeariana e rapidamente ganhou identidade própria. Rodrigo gravou clipes em cenários inusitados, como ruas de São Paulo, praias brasileiras e até um castelo em Portugal. A proposta mistura conceito e sonho, mas também carrega transpiração e dedicação. A canção “Essência”, feita em parceria com Marcel Roots, resume essa filosofia ao falar sobre paixão pela vida e força nos pequenos passos do caminho. “Acredito que a essência da Marquesaria é justamente essa mistura de conceito, sonho e força para continuar”, explica.
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A versatilidade é um dos traços mais marcantes de sua trajetória. Formado em teatro, rádio e televisão, Marquês sempre buscou explorar diferentes linguagens de comunicação. Atuou como jurado em seis temporadas consecutivas do programa *Canta Comigo*, incluindo uma edição gravada na Colômbia, trabalhou como locutor em rádios como Massa FM e Tri FM e é apresentador da Feira de Artes da Vila Madalena desde 2017. Também já comandou eventos no Centro Cultural Pompeia, no Salão Internacional Duas Rodas e no Conecta+ Música & Mercado.
Os desafios da carreira, no entanto, não se limitam ao palco. Ele aponta que a criação musical, apesar de prazerosa, é uma das etapas mais difíceis para qualquer artista. Além disso, há a rotina de produção, contratos, pagamentos e organização de agendas. “É preciso ter foco e contar com uma equipe competente, porque sozinho fica impossível conciliar tudo”, admite. Apesar disso, nunca deixou de lado a proximidade com o público, que considera o maior presente de sua trajetória.
A estética intimista de muitas de suas produções reflete tanto o processo criativo pessoal quanto o gosto pela experimentação. A música “Meu Bom Dia” traz elementos lúdicos, como borboletas e viagens de balão, enquanto “Quinta do Marquês” resgata a atmosfera das peças históricas de Shakespeare. Essa mescla de poesia cotidiana com referências clássicas reforça a identidade da Marquesaria e abre espaço para novas criações.
A advocacia, outra área de sua vida, não ficou de lado. Rodrigo conta que buscou o teatro inicialmente para melhorar sua oratória, mas acabou se apaixonando pelo palco e pela comunicação. Hoje, concilia as duas profissões com naturalidade, atendendo clientes que muitas vezes também são artistas. “Alguns ficam até mais tranquilos ao saberem que o advogado deles também tem uma veia artística”, brinca. O nome artístico, inclusive, foi sugestão de um amigo e produtor musical, Tico Rizzo, e se consolidou como marca.
Entre os próximos passos, Marquês adianta que ainda em 2025 lançará uma canção inédita, com sonoridade diferente de tudo o que já produziu. O single chega acompanhado de um planejamento de lançamento multiplataforma. Paralelamente, ele investe em seu estúdio próprio em São Paulo, voltado para conteúdos de entretenimento, jornalismo, entrevistas, programas jurídicos e musicais. “Meu sonho é estar sempre preparado para as oportunidades do mercado da comunicação e da música. Um passo de cada vez”, conclui.
Confira a entrevista completa com Rodrigo Marquês: para o Vírgula
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- Como começou a sua relação com a música e em que momento percebeu que seria um seu caminho profissional?
Guardo essas lembranças felizes bem vivas em minha memória. Minha relação com a música se inicia nos pés da minha mãe, bem pequeno, batendo tampas de panela e ouvindo o som da flauta e da escaleta que eram tocadas pelo meu pai. Lembro muito da minha irmã tocando piano, um dos meus irmãos ao violão e o outro a cantar. Adorava ouvir rádio. Tínhamos um toca-discos prateado, com uma esponjinha azul e vermelha para limpar os LP´s. Decorei Faroeste Caboclo aos 12 anos (rs). Como expectador, sempre me encantei com o efeito que a comunicação artística causava no grande público. Foi observando essa vivencia que perguntei: “Será que consigo contagiar a plateia?” Em uma apresentação de teatro, ao invés de apresentar uma cena de Shakespeare, escrevi uma canção inspirada em Hamlet. Foi um desafio, mas ali nascia o Marquês cantor.
- Quais artistas ou movimentos musicais mais influenciaram a sua trajetória e ajudaram a moldar sua artística?
Desde criança, minha casa sempre foi muito musical. Mas me recordo que na adolescência, pelos 14 anos, herdei uma sequência de fitas K7 que ouvia no walkman enquanto pedalava para o colégio. Raul Seixas, Bob Marley, Hoodoo Gurus, Australian Crawl, ACDC, Metallica, Iron Maiden, Barão Vermelho, Paralamas, Legião, Lobão, sem contar Milton, Elis, Novos Baianos e músicas clássicas que eram executadas ao piano pela minha irmã, foram e são referências as quais sempre gostei. Já com microfone em mãos, som plugado e o palco iluminado, personalidades como Simbas (Casa das Máquinas), Cazuza, Ney Matogrosso, Freddie Mercury, são inspirações para a atuação ao vivo!
- Você explora diferentes formatos de conteúdo (música, vídeo, podcast). Qual é a importância dessa versatilidade para você como artista?
Nas palavras de Milton Nascimento: “O artista tem que ir aonde o povo está”. O show ao vivo é a grande estrela, o lugar onde me conecto sem qualquer filtro com o público, o espaço que mais me deixa maravilhado. Pessoalmente, sou apaixonado pela comunicação em todas as vertentes. Rádio, TV, Palco, gosto muito dos estúdios. Estudei teatro, televisão, apresentação, radialismo, tudo para que pudesse me conectar com o público de forma plena e sem ruídos. Sou um grande incentivador das variedades dos meios de comunicação.
- A Marquesaria tem uma linguagem muito própria. Como você definiria a essência desse projeto?
De forma conceitual, o trabalho surgiu inspirado em obras Skakespearianas, como Hamlet, Romeu e Julieta e Henrique IV. Gravamos clips nas ruas de São Paulo, praias maravilhosas e até mesmo em um exuberante Castelo na Póvoa de Lanhoso, localizado no norte de Portugal. Foi um sonho realizado e todo material pode ser acessado no canal de Youtube “marquesaria”. Por outro lado, curiosa essa pergunta pois em nosso trabalho musical há uma música que se chama “Essência”, composta em parceria com o meu amigo Marcel Roots. Ela fala sobre a força do ser humano que é apaixonado pela vida, pelo sonho, mas com a consciência de que é no trajeto que se encontram os motivos para sorrir e fortalecer os próximos passos. Essa letra tem muito a ver com minha forma de pensar. Creio que a essência do projeto Marquesaria tem esta mistura de conceito, sonho e transpiração.
- Em seus trabalhos, existe um equilíbrio entre experimentação e tradição. Como você enxerga esse diálogo entre o novo e o clássico?
Nosso planeta é musicalmente rico, e o clássico é um deleite! Ele inspira e fomenta o novo, para que esse novo, um dia, possa ter a oportunidade de se tornar um clássico. Beber dessa fonte é dádiva preciosa para todo compositor. Haja visto o nosso próprio Brasil, vasto em estilos, culturas e artistas sensacionais. Enxergo esse diálogo de forma feliz e necessária, apresentando-se como combustível vital para estimular as novas gerações na criação de novas letras, arranjos e melodias que possam se tornar grandes sucessos.
- Quais foram os maiores desafios que você enfrentou para consolidar sua carreira até aqui?
Vixi! São muitos! Primeiro vem a matéria prima, que embora seja extremamente prazerosa, é um elemento altamente desafiador. A criação de um produto musical envolvente talvez seja um dos maiores desafios para todo artista. E tem mais! É preciso foco para organizar as agendas, mesclar os trabalhos, os compromissos, a produção dos eventos, cuidar dos contratos, efetivar pagamentos, gerenciar novos produtos, estabelecer parcerias, escolher uma distribuidora eficaz e, ainda, ser marido, filho, irmão, amigo, treinar, comer e dormir (quando dá)!
Esses passos são indispensáveis e precisam ser executados de forma ordinária, com métrica e precisão. Portanto, contar com a ajuda de uma equipe é muito importante! Há profissionais incríveis que podem ajudar.
- A conexão com o público aparece como um ponto forte no seu trabalho. De que forma você busca criar essa proximidade?
Muito obrigado pelo elogio, interagir com o público é um presente! Penso que a verdade é sempre o melhor caminho. Quando você assiste ao Marquês, é ele na vida real. Claro, não que eu seja uma pessoa tímida, mas boa parte da vida adulta foi estudando a comunicação. Passei pelo Teatro Macunaíma, pela Escola de Atores Wolf Maya e pelo Senac, onde me formei como apresentador de programas de televisão e locutor. Fui presenteado com 06 temporadas consecutivas como jurado do programa Canta Comigo, incluindo uma edição transmitida na Colômbia (2018-2021) e por dois anos fui locutor da Massa FM (2022-2024), fechando uma temporada de verão na rádio TriFM do Grupo Tribuna (2025). Desde 2017 sou o apresentador da Feira de Artes da Vila Madalena, uma das maiores do país, assim como por 06 anos seguidos apresentei diversos eventos pelo Centro Cultural Pompeia, além da edição Moto de Ouro do Salão Internacional Duas Rodas e também a cobertura do Conecta+ Música & Mercado, produzido pela Music Box Brazil. Sou fã do meu público e grato demais aos meus professores por todo conhecimento oferecido.
- Muitos conteúdos trazem uma estética intimista. Isso é um reflexo do seu processo criativo pessoal?
Veja por exemplo a música “Meu Bom Dia” que traz a animação de borboletas apaixonadas, viagens de balão, as maravilhas do mundo, pedido de casamento, flores, tudo inspirado em elementos que a Marquesa admira e que tem lugar para estimular momentos de felicidade e doçura. Por outro lado, note o clipe e a letra da música “Quinta do Marquês”, onde ali a narrativa encontra respaldo histórico nas peças de William Shakespeare Henrique IV, parte I e II. O mesmo acontece com a música Ser ou Não Ser, inspirada em uma das cenas de Hamlet. Embora haja liberdade criativa para adequação do linguajar, criação dos versos e tudo mais, há na letra fidelidade histórica. No campo artístico quase tudo é possível, incluindo a mistura da arte conceitual com a pessoalidade, logo, pode-se até mesmo dizer que dois corpos ocupam o mesmo lugar no espaço (rs).
- Além da música, você também transita pela produção audiovisual e pela comunicação digital e também como advogado. Como você lida com diferentes facetas?
A Família e o Direito sempre foram o meu alicerce e encontrar um ponto de equilíbrio para ambas as profissões não foi tão difícil como pode parecer. Inicialmente procurei o teatro para melhorar minha oratória para maximizar a performance nas defesas orais perante os Tribunais. Foi um salto grande, mas naturalmente a evolução artística aconteceu. Desta forma percebi que criar personagens seria algo extremamente complexo. O máximo que fiz foi acolher o nome artístico, o qual me foi graciosamente conferido pelo meu amigo e produtor musical, Tico Rizzo. De lá para cá, tanto meus clientes na advocacia, quando o público artístico, sabem e aprovam, aliás, ficam até mais tranquilos, pois assim como eu, alguns destes clientes também são artistas. As vezes me perguntam como consigo? Bem…é muito amor e transpiração.
- Olhando para o futuro, quais são os próximos sonhos e objetivos que você deseja realizar?
Na música, o pop continua a vibrar no coração, mas desta vez preparamos uma canção com elementos musicais que nunca havíamos experimentado. Um ritmo envolvente com letra vibrante e uma história para tirar o folego. Em setembro começa a segunda etapa, preparar o lançamento com previsão para ainda este ano em todos os canais @marquesaria
Na comunicação, meu sonho continua firme. Em nosso escritório, localizado em um dos prédios mais icônicos da cidade de São Paulo, quase em frente à Câmara Municipal, montamos um estúdio de televisão, onde ali venho criando novos conteúdos e pilotos para diversos seguimentos da comunicação. Entretenimento, reportagem, entrevistas, externas, conteúdo jurídico, ou seja, material precioso para cada vez mais estar preparado para as oportunidades do mercado da comunicação. Esse é um sonho. Um passo de cada.