Diante de mais de 20 mil pessoas, o inglês Rod Stewart fez o show que todo mundo que estava no Allianz Parque, em São Paulo, queria ver neste sábado (19).
Cheio de hits da carreira, figurinos carimbados, backing vocals de tubinho, palco branco no melhor estilo Roberto Carlos e audiovisuais um tanto retrô, o rei da noite proporcionou aquilo que tudo mundo estava a fim de fazer: cantar junto. Sentado. Porque o estádio estava configurado pra não cansar ninguém. E assim foi.
O show começou pontualmente às 21h e em pouco tempo o cantor, que já foi coveiro e jogador de futebol um dia, começou a dar o que o público queria ouvir. Foram tantos hits na carreira que o difícil deve ter sido escolher o repertório. Nada difícil de prever, afinal estávamos todos ali justamente pra um show da turnê The Hits, que prometia um compilados best of de seus mais de 50 anos de carreira.
Do palco, Rod perguntou se todos tinham lugares pra se sentar na plateia. Óbvio que essa era a deixa pra sessão de lentas que viria pela frente. E aí foi uma atrás da outra, convidando todo mundo praquele momento fofura com o marido, com as amigues, com a mamãe, enfim. Com uma banda gigante no palco, formada em grande parte por mulheres em vestidos curtíssimos, clássicas como Every Beat of My Heart, Maggie May e You´re In My Heart foram executadas com perfeição. Apesar do volume baixo, foi lindo.
A gente se emocionou, sim, com os hits dele, esse loiro que já foi mod, foi integrante de uma bandas mais subestimadas do rock dos anos 70 (The Faces) e hoje se mantém um lorde lindo e chic, com a voz rouca que pouco mudou ao longo de tanta estrada. Apesar da assepsia do novo estádio do Palmeiras e de ser um show de rock pra se ver sentado numa cadeira, ouvi-lo cantar “I don´t wanna talk about it… how you broke my heart…”, wow, que emoção.
Durante todo o show, porém, o Allianz Parque pouco se deixava envolver numa “vaibe” roqueira. Primeiro, não se podia fumar lá, nem um fumódromo sequer pra aliviar a tensão de quem precisava. Passar o show debruçado na grade, então, coisa que todo mundo já fez na vida, nem pensar. O volume do som, então, nada roquenroll, porque mal dava pra ouvir lá do fundão.
Mas a verdade é que a música tem um poder transformador e nenhuma regra pode ser maior que isso. Rod Stewart sabe disso. O inglês deve se lembrar com carinho da primeira vez que tocou no Brasil, em 1985, no primeiro Rock in Rio da história, festival que o recebe novamente neste domingo (20), para o encerramento do palco mundo.
Entre hits próprios e de outros artistas, teve espaço para Have You Ever Seen The Rain (do Credence), Tonight´s The Night (deu pra morrer de emoção nesse momento), Baby Jane, Sailing, Do Ya Think I’m Sexy, I Don´t Wanna Talk About It e, surpresa, uma backing vocal cantando o hino da disco music I´m Every Woman, da Chaka Khan (um dos melhores momentos do show).
Enfim, veio Forever Young, um hino pra todas as gerações. Foi levada às últimas consequências no melhor dos sentidos, numa versão extended que começou com Rod em si cantando, depois suas backings “estendendo” a música e finalmente Rod voltando ao palco com o famoso terno de cetim rosa, para encerrá-la. Certo, todo mundo ali queria mesmo se sentir forever young.
Veja em fotos como foi:
Rod Stewart no Allianz Parque, em São Paulo
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