Segundo show do palco Mundo nesta sexta-feira (13), o tributo a Cazuza foi irregular. Algo que diante de um homenageado para quem não havia mais ou menos, como denota a letra de Exagerado, pode soar como constrangedor. Mas também houve bons momentos, como o titã Paulo Miklos, que abriu o show, e sobretudo Ney Matogrosso, sempre impecável em qualquer situação.
Já os pontos baixos ficaram com Bebel Gilberto, figura determinante no início da carreira de Cazuza, além de Rogério Flausino e Maria Gadú. Uma dificuldade comum nesse tipo de tributo, a falta de entrosamento, não foi sentida graças à opção de escolher uma banda capitaneada pelo baixo de Liminha para acompanhar todos os artistas, menos Roberto Frejat e o Barão Vermelho, que por sua vez também não empolgaram.
Agenor Miranda Araújo Neto (1958-1990), o Cazuza, talvez merecesse mais. Às vezes, a melhor maneira de homenagem é o silêncio. Pelo menos dessa vez não houve holograma, o que já é um avanço. De qualquer forma, a intenção foi válida, valorizar o músico que em 85, no mesmo festival, protagonizou um dos grandes momentos da explosão do rock nacional. Deu ainda mais saudade, mesmo para os que não viveram.