Moda, cinema, teatro, dança e até… música. O show de Beyoncé que encerrou o palco Mundo no primeiro dia do Rock in Rio, já na madrugada deste sábado (14), mostrou que não basta ser diva, para alcançar o status de majestade é preciso oferecer uma experiência de entretenimento de 360 graus.

Amparada por uma banda da pesada só de mulheres, a Sugar Mama, a cantora mostrou destreza para aliar coreôs, carões e cantoria. Com a mesma velocidade em que trocava de roupas, quando surgiam vinhetas no telão, ela requebrou, “bateu cabelo”, como diz a gíria gay, dos quais é musa absoluta, e soltou vibratos típicos das cantoras negras, demonstrando que é mais que um corpaço impecável. São muitas horas de voo no showbizz, que colocam outros aspirantes a anos-luz.

No universo do pop, Mrs. Carter Show é o show a ser superado no Rock in Rio ou mesmo fora. Talvez apenas Justin Timbarlake possa fazer algo próximo. E ainda que ele tenha o som de uma banda de baile black azeitada e carisma, dificilmente, conseguirá tirar da manga um elemento surpresa capaz de causar mais burburinho que Ah Lelek Lek Lek Lek (Passinho do Volante), de MC Federado e Os Leleks, para o bem ou para o mal. Detalhe, Diplo, com seu divertido projeto Major Lazer, já havia tocado essa faixa para uma plateia de hipsters no Lolapalloza. De modo que o funk carioca hoje tornou-se para algumas estrelas internacionais o equivalente ao que era, há algum tempo, vestir a camisa do Flamengo.

Sempre surge uma ponta de desconfiança nesse tipo de homenagem. Mas, vindo de uma rainha, é a coroação literal do poder da laje. 


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Rock in Rio 2013: Com funk, diva Beyoncé coroa poder da favela

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