Rico Dalasam está a caminho de Baltimore, nos Estados Unidos, cidade conhecida por sua cena de música eletrônica alternativa tão forte que até virou um estilo. O rapper de 26 anos, expoente do ainda embrionário queer rap brasileiro prepara o salto internacional da sua carreira, que mal começou, mas já rendeu bons frutos.
Se você não conhece o Dalasam vem saber quem é em nosso Virgula MiniDocs:
Dalasam apresenta-se em Baltimore no sábado (15) e de lá se manda para o Shambala Festival, em Manchester, no dia 27. No dia 7 de setembro, ele encerra a tour no Number 6 Festival, em Portmeirion, no País de Gales.
Em sua apresentação na Casa do Mancha, na sexta (7), ele cantou, em umas faixas, sobre uma base de Leo Justi, cidadão que a gente já classificou aqui como Skrillex brasileiro.
Recentemente, o rapper do Taboão fez sua estreia na América Latina e fez dois shows na Venezuela, no meio do mês passado. “Tinha um pessoal que sabia cantar Aceite-C, foi bem foda”, afirma. “Tudo que eu falava, me relacionando com o público, o pessoal dava uma resposta, brincando nessa de portunhol, e tudo foi ótimo. Lá a gente participou do Festival Tiuna El Fuerte”, contou.
Rico participa também do novo disco do Emicida, na faixa mais épica e afrofuturista do disco, Mandume, em que ele é um dos autores além de Emicida, Rafael Tudesco, Drik, Amiri, Raphão Alaafin e Muzzike.
“Quem aqui está vindo no meu show pela primeira vez”, perguntou ele no show que fez na acanhada Casa do Mancha. Boa parte levantou o braço e ele brincou: “Venham aqui na frente que vou fazer uma oração”. E assim mais algumas boas almas se converteram ao culto ao Dalasam, aquele que professa que o fervo é protesto.
Rico Dalasam
Créditos: Reprodução/Facebook