Pussy Riot
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O serviço penitenciário russos declarou não ter encontrado provas de abusos na prisão onde Nadezhda Tolokonnikova, integrante do grupo punk feminino Pussy Riot, denunciou maus tratos e torturas por parte de companheiras de cela, informou nesta segunda-feira (02) o Conselho de Direitos Humanos (CDH) da Rússia.
A inspeção da prisão foi realizada a pedido do CDH por conta das denúncias da componente do Pussy Riot. Ela cumpriu parte da pena de dois anos de reclusão nessa prisão na Mordóvia, onde fez greve de fome por supostas “condições desumanas” e ameaças de morte por parte da administração.
Nadezhda denunciou que as presas são obrigadas a trabalhar em uma oficina de costura por 16 horas todos os dias, têm quatro horas para dormir e apenas um dia livre a cada um mês e meio.
Além disso, informou que as mulheres são espancadas, algumas até a morte, por companheiras de cela instigadas pela administração da prisão.
A catora contou ainda que seu salário mensal é de menos de US$ 1, apesar das presas costureiras confeccionarem 150 uniformes de policiais por dia.
A administração da prisão rejeitou as acusações da ativista opositora e alegou que ela apresentou suas denúncias pela recusa dos funcionários da prisão em conceder um regime “especial”, com comodidades. A jovem foi transferida e agora está em uma prisão em Krasnoyarsk.
Nadezhda Tolokonnikova, Maria Alejina e Yekaterina Samutsevich (esta última em liberdade condicional desde outubro de 2012) integram a banda Pussy Riot. As três foram condenadas a dois anos de prisão por “vandalismo motivado por ódio religioso”, após encenar, em fevereiro de 2012, uma “oração punk” contra o Kremlin no principal templo ortodoxo russo em Moscou.
As Pussy Riot se declaram inocentes e insistem que a ação na Catedral de Cristo Salvador de Moscou tinha fins políticos e não estava direcionada aos fiéis ortodoxos.