Há mais de 10 anos no rap, tendo feito parte dos grupos Caixa Baixa e 1 Kilo, o CT chega ao seu primeiro álbum da carreia solo. “Pelo Mundo” (Deck) traduz um pouco das andanças de CT, tanto pelas fases da vida como seu trabalho de pesquisa dentro do rap.
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Desde sua estreia solo ele lançou seis singles com influências de várias das ramificações do rap e esse disco é muito inspirado pelo afrobeat nigeriano, um gênero que CT conheceu através de seu amigo e parceiro de trabalho Jef Rodrigues, em 2019, e desde então vem mergulhando nisso. “Quis fazer um álbum com ênfase nesse estilo pois muitas vezes em que eu estava triste ou baixo-astral ele sempre me trouxe alegria, energia e disposição e quero passar isso para as outras pessoas” – comentou CT. “Pelo Mundo” também traz um pouco de amapiano, gênero originalmente da Africa do Sul.
As letras de CT passam por encontros e desencontros amorosos, relatos pessoais, espiritualidade e musica de protesto. A ideia do CT foi trazer leveza em versos como “canalize a energia dos mares/pro sorriso invadir nossos lares” (“Música Pelo Mundo”) e reflexões sobre a vida contemporânea na letra de “Escolhas”: “Noventa e nove choram e 1% tem acesso/noventa e nove problemas eu me sinto submerso, noventa e nove armadilhas pra manter você disperso/ Sem notar que nós tamo no meio do colapso, numa guerra sem nexo /Babylon bye bye me despeço”. Em “Provocações” ele traz palavras de fé como “Lá do fundo do poço enxerguei a luz, e me recompus/Pois meu Deus levantou me falou que eu nunca vou ser só mais um”.
A produção do disco foi feita em grande parte em parceria com o produtor Nobru (oriente) , mas também conta com outros grandes produtores como Biduzen , Tio Thulio, FlhdaPXT e Modestto. “Pelo Mundo” é um retrato sincero do CT hoje, com toda a sua trajetória de vida e na música.