Pensa rápido: eles tocam em festas de celebridades e ricaços, nunca perdem a pose e ainda ganham uma bolada por isso. Se você pensou em DJs como Marky ou Mau Mau, errou feio.

Praticamente desconhecidos do público que freqüenta clubs noturnos, como D-Edge, A Lôca e Vegas, DJs como o veterano Nando Jones são referência no país quando o assunto é evento – seja ele um casamento milionário ou um lançamento de uma grande marca.

Apesar de não aparecerem muito em flyers de festas eletrônicas, esses DJs têm habilidade de sobra para enfrentar as habituais situações saia justa da noite com toda a elegância. “Acho que a diferença entre mim e um DJ de boate é a postura. É preciso saber ser simpático, agüentar os bêbados, o cara que quer te dar porrada porque não gostou da música… É o jogo de cintura que me diferencia do cara que chega num club pra tocar e muitas vezes nem olha pra quem está na pista”, resume Nando Jones, 47 anos de idade, 32 deles dedicados às festas.

Ele começou tocando em matinês no clube Paineiras, em São Paulo, aos 15 anos e nunca mais parou de fazer festas. Nesse tempo, comandou pistas de clubes como Papagaio’s e Hippopotamu’s (templos da modernidade da década de 70), passou pela febre dos patins, discotecou em campeonatos de surf (nos anos 80) e, finalmente, chegou à música eletrônica dos dias de hoje.

Foi tocando no Gallery, um dos points noturnos mais finos que São Paulo já teve, que Nando foi formando sua clientela. Hoje, sua produtora faz festas para grã-finos e celebridades a preços que variam entre R$ 5 mil e R$ 20 mil (valor do equipamento de som mais a discotecagem). “Já cheguei a fazer 54 festas em um mês”, conta o DJ, que escolhe eventos especiais para tocar e coordena uma equipe de DJs que comanda o restante.

DJ DIPLOMATA

Outro fera na arte de unir de velhinhos a cocotas nas pistas de casamentos e festas fartas é o DJ William Ribeiro, 33. Ele passou pelas cabines da Up & Down, Gallery e Kremlin, mas se achou na profissão fazendo festas fechadas, carreira que abraçou há 15 anos.

No currículo, ele tem o casamento do piloto Felipe Massa, a despedida de Michael Schumacher e o aniversário do apresentador Faustão. Seu cachê médio é de R$ 3,5 mil, coisa que muito DJ renomado de música eletrônica só consegue ganhar em grandes festivais.

Segundo William, o segredo para se dar bem no ramo de eventos é uma combinação de conhecimento musical e, digamos, diplomacia. “Uma festa é muito diferente de uma noitada num club. Quando você toca num casamento, você não é a atração principal da festa. A estrela é o dono da festa. É preciso saber se portar e ter o profissionalismo de adequar a tua música à ocasião”, dá a receita.

Além de sonorizar entre oito e dez eventos por mês, William ainda arruma tempo para fazer remixes, manter projetos autorais de música eletrônica, um blog e dar aulas de discotecagem gratuitas, como parte de um projeto social.

PORRADA NO CASÓRIO

Outro veterano do ramo, Milton Chuquer, 49, começou como DJ tocando em discotecas nos anos 70 e só engrenou no metiér de festas em 98. No começo, não sabia nem quanto cobrar. Hoje, faz festas badaladas e de orçamentos gordos, como os casamentos da ubber-milionária Athina Onassis e das modelos Isabela Fiorentino e Dani Sarahyba.

Fã de house de Nova York, Chuquer sabe que não dá pra enfiar o som que gosta goela abaixo dos clientes. Por isso, mantém uma noite fixa na Disco, a GoDeep!, uma quinta-feira por mês, onde toca o som que mais adora.

“Nas festas, a gente tem esse lado mais pop mesmo. Tem que ser tudo mais alegre, ter um clima de revival, de amor, de felicidade”, ensina. Ele lista entre hits certos de um casório, músicas como American Boy, da Stelle, Toca’s Miracle, do Fragma, e a clássica Your Song, do Billy Paul, que, segundo ele, levanta defunto, seja na festa da MTV ou na reunião do escritório de advocacia mais careta.

Para ser um bom DJ de evento, ensina Chuquer, é preciso uma pitada de psicologia. “Eu gosto de olhar na cara da pessoa antes da festa, pra já levar o tipo de som de que ela vai gostar”, diz.

Sobre cachês, ele desconversa um pouco. “Com certeza em festas o cachê do DJ é muito maior. No (club) Royal você ganha uns R$ 1.000 enquanto num evento, você vai pra uns R$ 4 ou 5 mil”, entrega. Mesmo cobrando caro, clientela não falta. Para 2009, já tem 25 festas fechadas.

Conhecida como uma das primeiras meninas a investir no drum’n’bass no Brasil, Mari Rossi viu seu nome no noticiário de fofoca recentemente, depois de tocar no casamento da Sandy.

Casamentos ela faz poucos, mas desde o início da carreira, investe em eventos. “Fiz faculdade de moda e toda hora precisavam de DJ para tocar em lançamentos. Hoje, tento manter um equilíbrio entre clubs e eventos. É mais saudável, pro bolso e pra cabeça”, diz a DJéia.

Ela já acumula alguns causos engraçado na carreira de DJ de evento. “Teve um cara que queria que eu tocasse músicas nacionais, enquanto o resto da festa estava dançando house. Eu disse que ia tocar depois, e ele respondeu que era pra tocar naquela hora, porque ele tinha que dormir cedo. Daí eu falei pra ele ir dormir. Ele tentou invadir o palco pra me bater. Três seguranças o seguraram”, conta. “Essa é a parte ruim dos eventos, tem muita gente mal educada”, reclama a DJ.
Já a parte boa, a gente já sabe…

PARA CONTRATAR

Milton Chuquer
0/xx/11/3813-7589 e 0/11/9979-1630

William Ribeiro
0/xx/11/3031-3888 e 0/xx/11/3814-5680

Mari Rossi
0/xx/11/3926-9229

Milton Chuquer
0/xx/11/3813-7589

Publieditorial: Mulher cria vestido que vira porta pra comer BIS escondida

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