Banda se apresenta em São Paulo e no Rio com dois integrantes da formação original, o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor

A nova encarnação do Queen não é o Queen, apesar de ter o mesmo nome, repertório similar e dois membros da formação original. Confuso, não? “Somos uma junção. Sempre deixamos isso muito claro”, definiu o guitarrista Brian May em entrevista realizada nesta terça-feira (25). Seja como for, o fato é que ele e o baterista Roger Taylor, integrantes remanescentes do grupo inglês, uniram-se ao vocalista Paul Rodgers (ex-Bad Company e Free) para a “banda” chamada Queen + Paul Rodgers, que faz show quarta e quinta-feira (26 e 27) no Via Funchal, em São Paulo.

Iniciado há três anos, o projeto começou apenas por diversão, de acordo com os três músicos. “A idéia foi fazer alguns shows só para curtir. Mas a química entre nós rolou de maneira excelente”, explicou Rodgers. “O resultado foram duas turnês e um novo disco”, completou, falando sobre The Cosmos Rocks, CD lançado este ano apenas com faixas inéditas compostas pelos três. O trio decidiu manter o nome de Queen para o projeto, apenas acrescentando o nome do cantor inglês, fato que gerou bastante polêmica entre os fãs. “Não teria sentido mudarmos o nome. Seria como se fugíssemos de nosso passado, já que fazemos a mesma música”, disse May. “Poderíamos nos chamar Beatles, mas acho que não deixariam”, respondeu o vocalista, em tom de zoeira.

Segundo eles, os fãs têm gostado bastante da nova configuração da banda, mesmo com Paul no lugar do carismático vocalista Freddie Mercury, morto de AIDS em 1991, e sem o baixista John Deacon, que decidiu se aposentar da música. “Tem sido fantástico. Para nossa surpresa, encontramos muitos jovens nas platéias dos nossos shows”, exclamou Taylor. “Muitos deles cantam todas as músicas e até os solos de guitarra. Incrível!”, complementou May.

Os músicos garantem que cerca de cinco músicas do novo álbum estarão nos shows realizados por aqui. Tambem farão parte do repertório canções das bandas anteriores de Rodgers e, claro, os grandes sucessos do Queen: Bohemian Rhapsody, Crazy Little Thing Called Love, The Show Must Go On, Radio Ga Ga e por aí vai. O espetáculo também conta com a “participação” de Mercury, que aparece por meio de um telão. “Há um momento muito especial, em que ele faz um dueto com Paul, cantando e tocando piano. Nessa hora, as pessoas costumam se emocionar”, diz o guitarrista.

O Brasil será, por coincidência, a parada final da turnê de Queen e Paul Rodgers. Após tocarem em São Paulo, eles vão para o Rio de Janeiro, onde se apresentam dia 29 (sábado) no HSBC Arena, e c’est fini. “Estamos ocupados há muito tempo sem parar: excursionamos, fizemos o disco, ensaiamos e voltamos para a estrada. Agora, precisamos de um descanso”, desabafa Taylor, do alto de seus 59 anos.


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Queen volta ao Brasil na companhia de Paul Rodgers

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