Morrissey
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Será lançada amanhã, quinta-feira (17), a autobiografia do cantor britânico Morrissey, vocalista de uma das mais emblemáticas bandas de rock da década de 1980, Smiths.
O jornal britânico Guardian disse nesta quarta-feira em sua versão digital que se uma autobiografia “é um livro que fala sobre a vida”, no caso de Morrissey a questão é se falará “sobre o espírito afiado e sarcástico da época dos Smiths ou sobre o irritante, egocêntrico e introvertido Morrissey na meia idade”.
Steven Patrick Morrissey, de 54 anos, está inevitavelmente associado aos Smiths, a banda dos anos 80 originária de Manchester, no norte da Inglaterra, apesar de sua personalidade peculiar o ter convertido em um personagem famoso para além da música.
O vocalista, vegetariano, leva frequentemente a provocação até o extremo como quando a rejeição frontal aos matadouros de animais e suas críticas aos carnívoros o levou a tachar os chineses de subespécies por causa dos maus-tratos aos animais no país asiático.
Também em 2011 chegou a comparar os massacres de baleias na Noruega com “o que se passa no McDonald’s”, declarações que fizeram vários críticos atribuírem a ele os adjetivos de radical e racista.
The Smiths, o quarteto de indie rock cujas letras marcaram várias gerações, foi fundado 19 de fevereiro de 1982 por Morrissey e Johnny Marr, aos quais depois se uniram Andy Rourke e Mike Joy.
Introvertido, com uma voz inconfundível, Morrissey, sempre foi uma pessoa “rara”, segundo sua própria definição, e a imprensa britânica reprova que nos últimos anos tenha dedicado muita energia a alimentar esse personagem.
A originalidade, a afinidade com a cultura pop, a habilidade para jogar com o surrealismo nas letras, transformou o grupo, sobretudo o carismático Morrissey, em símbolo para uma geração.
O single Heaven Knows I’m Miserable Now foi a primeira canção do quarteto que entrou na lista dos dez mais vendidos do Reino Unido, lugar que também foi ocupado por hits como entre os dez primeiros postos das listas e com outros temas, como William, It Was Really Nothing e How Soon Is Now, The boy with the thorn in his side, a banda alcançou fãs em todo o mundo.
Seu terceiro álbum, The Queen is Dead, de 1986, é considerado um dos melhores trabalhos da história da música por revistas como NME e Rolling Stone.