O projeto Música na Estrada parte com seis artistas da nova geração da música paraense rumo a Parauapebas, Curionópolis, Canãa dos Carajás e Marabá, entre os dias 09 e 15 de maio, cidades localizadas ao sudoeste do Pará.
Em cada edição, a programação é formada por artistas paraenses que participam do edital público via internet. Ao todo, 148 inscrições foram submetidas a avaliação de um júri formado por cinco profissionais ligados à produção musical paraense. Os selecionados são: Antonio Novaes, Beto Di Mayo, Larissa Leite e Camila Honda, Molho Negro, Natália Matos e Projeto Secretos Macacos.
Esta é a 4ª edição do projeto, realizado numa carreta palco, que visa, além de estimular a diversidade da música paraense, promover o encontro de artistas, produtores e público em locais que, normalmente, não são o destino de iniciativas culturais. Pelo projeto, já passaram artistas como Felipe Cordeiro, Gang do Eletro, PatrickTor4, Madame Sataan, Toni Soares, entre tantos outros.
Depois de visitar cidades do sudoeste paraense, a proposta é seguir, no segundo semestre, rumo a mais quatro cidades do nordeste do Pará.
COMO FUNCIONA: Cada cidade receberá um show com três dos selecionados e mais bandas e músicos convidados. “Sabemos que este número de seis selecionados é muito pequeno comparado ao tamanho e qualidade da lista de inscrições. Mas nosso objetivo é tornar o projeto cada vez mais abrangente justamente porque conhecemos o potencial artístico de nosso estado e o tamanho da lacuna que existe entre o produto cultural e o público”, relata o produtor Márcio Macedo, responsável pelo projeto.
EDITAL: O edital do Música na Estrada ficou aberto de 10 de março a 10 de abril, através do site www.musicanaestrada.com.br, sem restrição às participações. Puderam ser inscritos cantores, bandas e grupos musicais residentes e atuantes no Estado do Pará, com pelo menos 50% de repertório autoral para o show proposto. A ideia do projeto é trabalhar com a cultura paraense, estimulando a criatividade e expondo para novas platéias, a diversidade musical da região.
JÚRI – DIVERSIDADE, QUALIDADE E DIFICULDADE NAS ESCOLHAS
Este ano o júri trouxe diversidade também em sua formação. Foi formado por dois grandes músicos/compositores, Marco André e Marcos Campelo, que possuem experiência em produção musical. “Um deles fez suas escolhas de sua casa no Rio de Janeiro. Outro é figura muito querida de todos nós, além de gestor em um projeto musical permanente. Tenho certeza que ajudou bastante”, diz Márcio.
O time de curadores contou ainda com duas jornalistas especializadas em cultura, Luciana Medeiros e Márcia Carvalho, que vivem música diariamente conhecendo muito bem a matéria. “Esse olhar do jornalista é sempre bem vindo, com uma isenção importante”, continua Márcio. Fechando o grupo, o júri contou ainda um produtor cultural, Fagner Ramos, com mestrado fora do país, atual secretário de cultura de Bragança que é uma cidade cultural. “Acho que as visões de cada um fizeram do processo algo muito autêntico”, conclui o coordenador.
