Quincy Jones tem uma história e tanto no pop americano. Figura central do cenário musical dos EUA desde os anos 60, Jones já trabalhou com orquestras, jazz, black music e pop. Foi ele quem produziu os discos que tornaram Michael Jackson o Rei do Pop, incluindo Thriller.

Em entrevista à Rolling Stone, o produtor de 77 anos criticou o lançamento de faixas inéditas de Michael. “Deveriam ter permanecido na gaveta. Eles só querem ganhar o máximo de dinheiro possível, não sei por que outro motivo fariam isso.”

Jones lembrou que o perfeccionismo de Michael não teria permitido que as músicas saíssem: “Ele não gostaria que isso tivesse saído assim, sem que pudesse dar os retoques finais”.

O produtor está sendo homenageado no novo álbum Q: Soul Bossa Nostra, que tem participações de T-Pain, Ludacris e Amy Winehouse (a primeira gravação nova dela em muito tempo, fazendo uma cover de It’s My Party, primeiro hit de Jones, de 1963).

Quando o repórter da Rolling Stone compara Quincy a Kanye West (por ser um produtor muito procurad), o veterano não aprecia nem um pouco:

“Como? De jeito nenhum. Ele já compôs para orquestra sinfônica? Ele compôs para orquestra de jazz? Que é isso, cara. Ele é só um rapper. Não há comparação. Não quero desmerecê-lo ou julgar, mas a gente vêm de lados diferentes do planeta. Passei 28 anos aprendendo minha primeira habilidade. Não canto rap. Não é a mesma coisa. Não se compara.”

E finaliza:

“Não tenho muita opinião sobre ele. É um grande rapper, mas existem muitos grandes rappers.”


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Produtor de Thriller critica inéditas de Michael Jackson e desdenha Kanye West

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