Marcelo D2 fala com exclusividade sobre seu novo álbum, o Planet Hemp, seu estilo
musical e muito mais. Confira!

Virgula – D2 como foi a gravação para o especial da MTV portuguesa?
Marcelo D2 – Foi bem legal. Não estava programado, eu fui para Portugal para participar do Rock in Rio Lisboa e os caras da MTV me convidaram para ser o artista do mês de setembro. Os shows dessa turnê foram surpreendentes, se formos juntar o
público de todas as apresentações daria quase um milhão de pessoas.

Virgula – Você quando tocava com o Planet tinha uma influência grande do rock. Como
surgiu a idéia de misturar o rap com o samba?
Marcelo D2 – Desde o primeiro disco do Planet Hemp, nós já experimentávamos samba no
meio de nossas músicas, mas nunca deram muita atenção a isso. Naquela época, todos diziam que a gente era banda que falava de maconha e não prestavam atenção na base do nosso som. Nós sempre fizemos coisas com samba, essa era minha parte na sonoridade do Planet Hemp.

Virgula – Seus discos mais recentes não falam tanto de maconha. O que mudou na sua vida
e no seu pensamento com relação à droga?
Marcelo D2 – O meu pensamento não mudou em nada. Esse é o meu oitavo álbum, temos que procurar outros assuntos, não dá para falar de maconha sempre … até dá, mas não em um disco atrás do outro.

Virgula – Em Meu samba É Assim você regressa ao Rio de Janeiro. Você acha que
atualmente você vive um momento de reflexão de sua vida?
Marcelo D2 – Eu acho que sim, porque amadurecer como homem e como músico me trouxe a vontade de fazer meu som, minha música e para fazer isso eu tinha que voltar para aqui, pro Rio, pra Lapa, pro samba.

Virgula – Qual foi o papel do produtor Mario Caldato Jr. na sonoridade de seu último disco?
Marcelo D2 – O Mario trabalhou em quase todos os meus discos. Dos 8 lançados, ele esteve presente em 7. O que mudou nesse álbum é que dessa vez o trabalho foi feito só por nós dois, no estúdio. Ele tem uma grande importância não só nesse disco, mas em toda minha carreira. Tudo o que eu fiz foi com a participação dele. Tenho muito a
agradecer ao Mario.

Virgula – Você está fazendo muito sucesso no exterior. Você já pensou em gravar em outra língua?
Marcelo D2 – Eu mal falo português. Para gravar em outra língua, só se eu falasse bem. Agora não rolaria, mas quem sabe no futuro, mas eu não acho legal gravar em outro idioma.

Virgula – O Planet Hemp acabou ou os fãs podem esperar uma possível volta?
Marcelo D2 – Acabou, mas pode voltar no futuro. Vai que um dia nós nos encontramos num bar e resolvemos voltar. Mas hoje, está todo mundo muito bem, cada um com o seu projeto.

Virgula – Você sempre participa de shows beneficentes. Você tem uma preocupação em fazer projetos sociais para ajudar o povo brasileiro através de suas músicas?
Marcelo D2 – Cara, eu gosto de fazer essas coisas e gostaria de fazer mais, mas não tenho muito tempo. Tenho quatro filhos; lá em casa já é um projeto social.

Virgula – Qual será o próximo single do Meu Samba é Assim?
Marcelo D2 – A próxima música a ser trabalhada deve ser Dor de Verdade, que é uma parceria minha com Zeca Pagodinho e Arlindo Cruz.


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Planet Hemp acabou, mas Marcelo D2 não descarta um reencontro no palco