Não faz nem duas semanas que o Tomorrowland Brasil acabou e a gente ainda não sabe como lidar com isso. Só quem esteve lá sabe como foi essa experiência transcendental que fortaleceu a música eletrônica novamente no mapa tupiniquim. Entre os top DJs que passaram pelo Parque Maeda, esteve o filipino Laidback Luke, que representou muito com sua mistura de house, acid house e techno house. Ele também levantou a galera com remixes de Hey Now, de Martin Solveig, Thinking About You, de Ayar Marar e Calvin Harris, e Blurred Lines, de Robin Thicke, Pharrel e T.I. Só hits!
Laidback também foi host de seu próprio palco, o Super You & Me. Se você viu DJs vestidos de Tartaruga Ninja, Wolverine, Homem-Aranha, Batman e Superman, a gente te explica: o DJ criou um tema para deixar a festa ainda mais divertida, o de super-heróis. Então, cada DJ convidado teve que usar a fantasia de seu personagem preferido.
Ainda na vibe pós-Tomorrwland, o Virgula Música bateu um papo com o DJ para saber o que o cara achou do nosso fest, e também sobre outros assuntos do momento, como a ascensão da EDM e a importância da tecnologia no trampo dos DJs. Se liga só:
Virgula Música: Como foi a experiência de tocar no Tomorrowland Brasil?
Laidback Luke: Eu realmente curti! Foi uma honra ser host do meu próprio palco no festival, o Super You & Me. Fico feliz em ver a nova geração do Brasil entrando na EDM. Isso realmente me anima!
Como você compara o Tomorrowland Brasil ao original na Bélgica?
Não há uma grande diferença. Especialmente quando se olha para o mainstage. O Tomorrowland sempre procura construir o melhor ambiente para o festival. Ouvi dizer que no Brasil fizeram um novo vale para o maisnstage, que é uma loucura!
Você tem alguma ideia do tamanho da cena de EDM no Brasil?
Na verdade, não. Eu toquei várias vezes no Brasil, mas isso foi antes da explosão da EDM. Estou muito feliz em ver que ela está grande agora.
Quais são os seus DJs brasileiros preferidos?
Eu amo o Felguk e o Gui Boratto. Estou muito curioso para conhecer os nomes brasileiros da EDM.
O que a tecnologia significa no trabalho de um DJ hoje em dia?
Significa que os DJs estão ficando preguiçosos. Eu sou muito mais fã da arte original da discotecagem, embora a tecnologia está aí e eu adoro incorporar o velho estilo com a eficiência. Eu gosto de me manter ativo enquanto estou tocando, fazendo mashups live e analisando a reação da galera. Para mim, isso faz o DJ set ser muito mais divertido.
Por que você acha que os top DJs são tão gigantes na Bélgica e na Holanda?
As pessoas da Bélgica são muito humildes, mas apaixonadas. Elas são muito críticas com elas mesmas, e isso significa mostrar qualidade. A galera holandesa é super exigente e super honesta. Se você está acostumado a tocar na Holanda, então você pode facilmente ser um DJ no resto do mundo. Na Holanda é super difícil manter o público animado.
Qual é a influência que você traz das Filipinas?
(risos) Eu acho que é o meu gosto pela música pop, acordes e vozes. Eu comecei com o techno, que acho que é o meu lado europeu. Meu lado filipino ficou muito aborrecido por eu ouvir apenas os ritmos padrões, então senti que precisava mais do que isso em minha música. Por isso que eu passo longe do techno e vou além.
Dê um look em como foi a festa dos super-heróis no palco Super You & Me.:
Aproveite e relembre o Tomorrowland Brasil. Que vibe!
Tomorrowland Brasil 2015
Créditos: Gabriel Quintão