João Vazquez, Leandro Bessa e João Soto por Mateus Augusto Rubim

Tenho 20 anos e meio e é isso aqui que eu tenho para falar”. É assim que João Vazquez, responsável pela guitarra e vocal da Aquino e a Orquestra Invisível, define o EP homônimo do grupo carioca lançado no dia 16 de setembro pelo selo Bolo de Rolo.

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Resultado de uma parceria que surgiu no ensino médio, João Soto (baixo e voz) e Vazquez deram os primeiros passos para criação da Aquino ainda na época do colégio. A banda foi consolidada com a entrada de Leandro Bessa (bateria), que foi apresentado a Soto por uma amiga em comum durante a faculdade. Já no ano de formação da banda, em 2019, os artistas disponibilizaram o álbum de estreia “Os Prédios Cinzas e Brancos da Av. Maracanã”.

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Ao ponto que o primeiro disco reúne variadas referências musicais, sem se prender a um único estilo para formar uma única identidade sonora, ele expressa uma visão urbana da cidade do Rio de Janeiro. No novo EP, que é entendido pelo grupo como um passo a ser dado antes do segundo álbum, são apresentadas faixas mais solares e com um síntese das influências dos anos 90 e 2000, como o pop rock, hip hop e MPB. “Eu acho esse período é simbólico porque é exatamente o período que a gente nasceu. Todas essas influências são simbólicas porque estávamos precisando de um trabalho que nos unificasse como Aquino”, conta Vazquez.

Citando influência de grupos como Blink- 182, Green Day, Charlie Brown Jr. e Tribalistas, a banda, que cresceu nos anos 2000, resgata essa estética em um tom nostálgico e de conforto. “A primeira coisa que eu lembro dessa época é de ser mais feliz. Você ser uma criança que cresceu no governo Lula é uma coisa diferente. Você cresce com um país esperançoso e com as coisas crescendo. Isso reflete nas músicas porque a referência é de um momento solar, de um momento brilhante”, ressalta o guitarrista.

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Praia, matte com limão, astrologia, relacionamentos e novas metas são alguns dos pontos tratados no EP “Aquino e a Orquestra Invisível”. Além da mudança sonora, Aquino trocou a visão urbana da Tijuca cantada no primeiro álbum para a imagem clássica do Rio de Janeiro, com paisagens solares, praias e noites de verão, que podem ser facilmente associadas às faixas.

Exaltando questões dos 20 anos e Meio, os artistas ressaltam temas como indecisões, amores, amizades e novas oportunidades. “Esse EP nasce de um processo que a gente entende que amadurecer não é só falar grosso. É também entender que dá para falar leve, ser popular e sensível também é amadurecer”, sintetiza Soto.


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Os ciclos de Aquino e a Orquestra Invisível