Em um esforço para atrair um público mais jovem, a Orquestra Sinfônica de Boston está emprestando iPads para a plateia de seus espetáculos. A histórica orquestra fundada em 1881 tornou-se a primeira a disponibilizar conteúdos que vão desde partituras até entrevistas em vídeo com músicos, podcasts sobre compositores e análises sobre as peças.
De acordo com a Associated Press, outras orquestras estão usando a tecnologia para não ficar para trás. A Orquestra da Filadélfia desenvolveu um aplicativo para celular que permite à plateia acompanhar os programas, a tradução de partes vocais em tempo real. Já a Filarmônica de Los Angeles Philharmonic lançou a Van Beethoven, veículo customizado que permitiu que as pessoas ouvissem a Quinta Sinfonia de Beethoven por meio de headsets de realidade virtual.
Há ainda os casos como a Filarmônica e Ópera de Sacramento e a Orquestra Sinfônica de Virgínia que tem oferecido “tweet seats”, assentos em que o público é estimulado a fazer comentários em tempo real sobre os concertos.
Jesse Rosen, presidente e CEO da Liga das Orquestras Americanas, comentou as medidas para rejuvenescer a audiência. “Trata-se de melhorar a experiência visual e auditiva”, afirmou. “É uma forma de fazer a experiência ser mais personalizada e criar mais possíveis contatos entre o performer e o público, algo que os mais jovens realmente parecem valorizar”, afirmou.
Outra medida que vem sendo tomada em Boston é baixar o preços. Durante as “sextas casuais”, os preços vão de US$ 25 a US$ 45, enquanto que os preços médios normais são de US$ 145. Nestas ocasiões, as pessoas também são encorajadas e se vestir de modo casual e eventos antes e depois do concertos oferecem música ao vivo, comidas e bar.
Os esforços para alcançar novos públicos, no entanto, esbarra em alguns mais tradicionalistas. “Existe resistência em relação a telas em salas de concerto”, admite Rosen.
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