One Direction faz show pela primeira vez em São Paulo


Créditos: Manuela Scarpa/Photo Rio News

Ainda que musicalmente não tenha muito a oferecer, o One Direction faz até chuva parar, em seu primeiro show na capital paulista, neste sábado (10), diante de 64 mil pessoas, lotação máxima. 

O clima de Copa do Mundo, que se instalou no Morumbi, com muitas bexigas verde e amarelas e bastões de luz, impressionou os rapazes. Liam Payne cravou: “Esse é o maior público do One Direction na história”.

Os demais integrantes, Niall Horan, Zayn Malik, Harry Styles e Louis Tomlinson, dividem não só a atenção dos gritos, mas também as participações nas músicas. A impressão que passa é de um grupo equilibrado, azeitado pelo produtor Simon Cowell para ser uma máquina de fazer dinheiro.

A chuva, que apertou pouco antes do show começar, parou, milagrosamente, quando o grupo subiu ao palco. A base do combustível que move o 1D é o rock. A cama, clássica, é forrada com baixo, guitarra distorcida, bateria e teclado. O som é grande, perfeito para estádio.

Os arranjos vocais dão uma aura de trilha de seriado da Disney, em contraponto ao aceno rocker. O som lembra algo entre Queen, Mumford & Sons, Def Leppard, Roupa Nova e Restart.

A histeria, potencializada pelo gigantismo do Morumbi, é sem precedentes. Se pudesse ser transformada em energia elétrica, poderiam mandar cancelar Belo Monte.

Fãs de futebol, eles materializam Pelé no show, em vídeo no qual elogiou a banda. Eles também dizem que gostariam de ser Neymar, em resposta à pergunta de uma fã sobre quem quem eles escolheriam ser por 24 horas.

Curioso também é perceber que alguns pais mais animados pareciam dispostos a ir além do papel de coadjuvantes: “Lindo!”, gritou um cara ao meu lado. A filha, que devia ter uns 13 anos, olhou feio e retrucou: “Ô, pai”. Ele riu e continuou dançando.

No meios dos “directionreers”, como são chamados os fãs do grupo, o negócio era fazer como eles. Era um jogo de um só time, que começou com goleada. Só havia uma direção, ninguém poderia, portanto, levantar a bandeira de impedimento para a alegria. A torcida, afinal, estava diante dos seus ídolos pela primeira vez.


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