O Rappa em São Paulo
Créditos: Taiz Dering
Depois de dois anos de jejum, O Rappa voltou aos palcos. Vírgula Música foi à segunda apresentação desse retorno da banda em São Paulo e se surpreendeu com o fôlego dos, já não tão, rapazes.
Foram 3 horas de som, calor, suor e comemoração num Via Funchal completamente lotado, com um público bastante, digamos, contrastante com a temática social da banda.
A apresentação começou às 23h20 na noite de sábado (29) e só acabou às 2h20 da madrugada de domingo. Um vídeo com os membros da banda contando o quanto estavam felizes com o retorno aos palcos deu o start da maratona.
Falcão, Xandão, Lauro, Lobato, DJ Negralha e os músicos convidados poderiam ter optado por fazer um set list apenas com seus hits – o que já renderia umas boas 2 horas –, mas preferiram fugir do óbvio e apresentaram músicas de todas as fases da carreira. Se a repórter que vos escreve não perdeu as contas, foram 28 músicas, mas teve quem achasse que ainda faltou um som ou outro.
“Sou muito fã d’O Rappa e estou achando o show demais!”, disse o publicitário Vinicius Lopes, pra lá da metade do repertório. “É meu sétimo show da banda e eu estava ansioso pelo retorno deles, já que ainda não tinha escutado algumas das minhas preferidas ao vivo. Rolou Tribunal de Rua, que é uma das que faltava, ainda estou esperando Todo Camburão Tem um Pouco de Navio Negreiro”, contou empolgado. Ainda faltava uma hora para o fim da apresentação, mas o segundo pedido de Vinicius não foi atendido, em compensação, praticamente, todas as músicas ganharam versões estendidas, no maior estilo “ensaio aberto”.
Em todas as vezes que se dirigiu ao público, Falcão fez questão de ressaltar a importância dos fãs para a banda e, principalmente, neste momento pós pausa/desentendimento com empresários.
O vocalista garantiu “estar aí para o que der e vier, por vocês, pela música e pelo Rappa”. Para terminar em grande estilo e reforçar a felicidade do retorno aos palcos, ele se jogou no “mar de gente” em meio à execução de Reza Vela.
O público já cansado e composto (em sua maioria) por rapazes fãs de musculação e garotas que ostentavam saltos altíssimos no início do show – agora já descalças – parece tomar uma injeção de ânimo com o mosh de Falcão, e respondem pulando e cantando ainda mais alto nesta última música, se despedindo e coroando a volta da banda, que pretende lançar disco novo até o final do ano.