Falar de música eletrônica brasileira é lembrar de DJ Marky. Mas não é somente ele que divulga lá fora o que o Brasil é capaz. Cinco grandes DJS – DJ Marnel, a dulpa Oil Filter, DJ Grace Kelly Dum e DJ Julio Torres – da gravadora Underground Records Brasil (URBR), são ícones no mercado de música eletrônica.

Conheça um pouco mais desses artistas:

DJ Grace Kelly Dum

A carreira do DJ Grace Kelly Dum teve início por volta de 1989, quando a cena eletrônica de São Paulo estava começando a tomar forma. Foi vencedor de diversos campeonatos de DJs, tendo como mentor ninguém menos do que o DJ Marky, que lhe ensinou muito sobre técnicas de mixagens. A qualidade dos sets levou Grace Kelly Dum à residência de casas como Sound Factory (5 anos), Overnight (3 anos) e Cabral (1 ano e 8 meses).

Aliás, foi na Sound Factory que Eduardo ganhou seu nome de DJ. O club reunia todo o tipo de público, inclusive as Drag Queens mais famosas da cidade. E foi de uma brincadeira delas que surgiu o nome: diziam que ele parecia com o ator Grace Jones, então veio a idéia de Grace Kelly, mas a diva do cinema era loira! A solução veio da linguagem dos RP´s, na qual DUM significa “Preto”. E pronto! Eduardo passou a ser Grace Kelly Dum. O nome é tão original que obteve sucesso imediato.

Em agosto de 2000, Grace foi considerado um dos melhores DJs que se apresentaram na rave Hypnotic. Ele também já concorreu como melhor DJ de Techno/ Techhouse nos prêmios das revistas DJ Sound e Cool Magazine e também da coluna Noite Ilustrada/Folha de S. Paulo, em todas as edições (inclusive a de 2003).

GKD tem se apresentado nas mais famosas raves e eventos de São Paulo, como a Eletronic Circus, Hypnotic, Parada da Paz, Aniversário da rádio Energia 97FM e os eventos Clubtronic Live. Além disto, Grace foi e ainda é – presença garantida nas edições do Skol Beats.

O DJ Grace Kelly Dum tem dois CDs lançado pela Underground Records Brasil Presents.

Oil Filter

Formado atualmente por Gonçalo Vinha e Rodolfo Wehbba, o Oil Filter possui uma longa história sendo um dos pioneiros e ícones do movimento techno no Brasil. Eles já invadiram diversos clubs e raves como: Hell’s club, Lov.e club, Insomnia Rave, Rave XXXperience; tocando ao lado dos grandes nomes da música eletrônica nacional e internacional tais como: Mau Mau, Marky, e outros.

Os dois começaram em 94 com um outro estilo de música eletrônica e com o tempo a banda que é mudaram sua sonoridade para o campo da Techno Music. A primeira demo-tape foi entregue nas mãos do DJ Mau Mau que gostou do que ouviu e disse para a dupla prosseguir com seu trabalho, os techno guys não pararam desse dia em diante. MauMau soltou a primeira nota na imprensa, na extinta coluna Science de revista DJ Sound em 1996, sobre o Oil Filter o que foi um espanto numa época onde poucos se aventuravam na produção de música techno para as pistas. Tudo era novidade e Oil Filter fazia parte do que viria a se transformar numa verdadeira cena Techno meses mais tarde resultando no que vemos hoje no Brasil.

Conforme foram obtendo bons resultados com seus trabalhos produzidos em seu próprio estúdio, batizado de Montek 01, viu-se a necessidade de testar o som da banda ao vivo, que fez uma série de apresentações chamando atenção de público e mídia, além de renomados DJ’s nacionais (entre eles Mau Mau e Camilo Rocha) e internacionais, como o rei e criador do drum’n’bass, Goldie e o grupo Acid Junkies de Amsterdã (Holanda) donos do selo Evolute e contratados da DJAX Records, de propriedade da DJ Miss Djax.

Os dois também enlouqueceram os baianos no “Réveillon Brazil 2.000”, o maior já feito naquele estado para música eletrônica. Neste evento Oil Filter tocou ao lado de nomes internacionais como o produtor musical Séb Fazon (com quem tiveram uma grande afinidade, surgindo então um novo projeto, o A.D.R), DJ Skyline (Estados Unidos) além dos astros nacionais Dmitri (MegAvonts), Rica (XXXperience), Alexander Sander (Berlim), entre outros, para uma pista lotada de brasileiros e estrangeiros.

Hoje o Oil Filter já é convidado para tocar no maior festival de música eletrônica da América do Sul, e um dos maiores do mundo, o Skol Beats. Eles também já fizeram o remix da música “Ciranda” do cantor e compositor Otto – cujo CD ganhou o prêmio de melhor álbum de 1.998 da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte).

Oil Filter abre mão de qualquer rótulo para definir seu som, para isso foi adotado o conceito de “Subjective Soundz”, onde cada indivíduo pode interpretar a música da maneira que mais lhe for conveniente, dentro das referências que este possua.

DJ Julio Torres

Julio Torres é mais que um DJ, tam´bem é um produtor de mão cheia. Com apenas 27 anos ele é atualmente um dos maiores nomes da cena eletrônica brasileira.

A carreira do DJ começou em 1993, quando ainda mesclava estilos e tocava em clubs variados – mas sempre enfatizando a música eletrônica. Em 94, organizou com amigos a Rave, To Keep The Floor of House Music Alive, uma das primeiras a despontar em São Paulo.

Em 95 foi chamado para ser residente do club Ecstasy, onde tocou por 2 anos. Foi também residente do Athenas e participou algumas vezes no Espaço Twig.

Em 97, o club Tass o chamou para ser residente e responsável pela divulgação da verdadeira música eletrônica na região Sul do Brasil (Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina). Lá ficou por 3 anos consecutivos, criando várias festas e levando DJs de São Paulo, Curitiba e Buenos Aires para tal tarefa. O trabalho foi tão bem feito que fez com que a cena da região se tornasse a segunda mais importante do Sul.

A temporada 99/2000 foi bastante agitada, dividindo seu trabalho entre Brasil e Argentina. Teve uma residência mensal no clube Melmek, em Posadas (ARG) e uma residência no Basement, (pista underground do Alquimia), onde tocava tech-house em sets de mais de 5h de duração!

Recentemente tocou na argentina Rave 2000, que contou com a presença dos Tops Spirit Fire e Urban Groove, pioneiros da música eletrônica. Na mesma temporada assinou contrato com a inglesa Hook Recordings, uma das principais gravadoras de música eletrônica do mundo.

As produções de Julio Torres são sucessos de pistas. Fez o remix da “Gotik”, de Jason Bralli e “Because of your love”, com vocais de Rogério Flausino, do Jota Quest. Teve a faixa “Elemental Trip” inclusa na coletânea da revista DJ World, depois lançou “Coqueluche EP” com o amigo e também produtor Ramilson Maia, distribuído pelo selo eletrônico Ramper, do Rio de Janeiro.

Em 2002 lançou “Feel the Groove”, no cd duplo do club Space, de Ibiza; “Mantra” no CD Pro-Progression, do DJ Vitor Lima; e um remix de “Reaktor”, que saiu em coletânea do DJ inglês Chris Cowie. Ainda nos próximos meses deve lançar faixas por inúmeros selos.

Julio Torres ja se apresentou nos melhores clubes e eventos do Brasil, como: Anzu (Itú), Lov.e, Phoenix (Campos do Jordão & Guarujá), Lizard, Liquid Lounge, Phillips Expression , Manga Rosa, Sirena (Maresias), e do mundo, como Legend´s (Assuncion, Paraguai), SPACE (ibiza), AMNESIA (ibiza), Rave 2000 (Buenos Aires, Argentina) e abertura da Regata Brasil no mundial da Austrália.

DJ Marnel

Falar de drum’n bass no Brasil sem ouvir o nome do DJ Marnel é praticamente impossível.Sua carreira como DJ começou em meados de 1991, quando se aproximou de festas pequenas, aniversários e festinhas de escola nas quais ele tocava diversos estilos, e nas quais ele adquiriu experiência para crescer no meio da música eletrônica.

Não é só a sua técnica ou o seu repertório, seu carisma ou idade na cena que impressionam. O que realmente chama atenção nesse paulistano é a sua preocupação com a cena do estilo.
Ativista e idealista, ele defende as idéias nas quais acredita e trabalha pela cultura do drum’n bass, o que já lhe rendeu reconhecimento nacional. Reconhecimento também dado a sua festa. Falar de Marnel sem falar do The Bass é uma ofensa. O The Bass, festa dominical que acontece na capital paulista, é hoje uma das festas de mais importantes de drum’n bass no país.

Além de DJ e promoter, Marnel ainda levanta a bandeira da produção de música eletrônica. Tendo faixas lançadas por diversos selos nacionais e internacionais o DJ agora lança seu primeiro CD mixado pelo selo Batuk Records da gravadora Underground Records Brasil. No CD, só faixas nacionais, ajudando assim a divulgar o trabalho dos novos produtores de drum’n bass, unindo novos nomes a nomes já consagrados.

Viste o site da URBR www.urbr.com e confira músicas e muito mais.
A Underground Records Brasil foi fundada em 2002 por Michel Palazzo e já lançou mais de 50 DJs desde então.


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O que o Brasil tem de bom em eletrônico?

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