Cantora, instrumentista e compositora, Manu Saggioro nasceu em Jaú, no interior de São Paulo, e vive em Bauru desde a infância.
Clarões, seu primeiro disco solo, sai em janeiro. Com direção musical da cantora mineira Ceumar, conta com composições de Tetê Espíndola, Tavinho Limma, Levi Ramiro, Osvaldo Borgez, Tata Fernandes e Déa Trancoso. Entre os músicos que gravaram estão: Ari Colares, Antonio Loureiro, Adriana Holtz, Guilherme Ribeiro, Daniel Coelho, Lelena Anhaia, Levi Ramiro, Webster Santos.
Idealizadora do projeto Jardim Cultural, que atua em Bauru desde 2009, Manu também faz a coordenação artística no Espaço Gaia – Espaço Terapêutico e Cultural e sedia os projetos musicais Dandô (Circuito de Música Dércio Marques) e o Festival Sonora – Ciclo de Compositoras, em Bauru.
Graduado em Música, no instrumento guitarra, tem uma longa história. Sua “pós-graduação” foi na estrada, viajando pelo Brasil e tomando contato com a cultura popular na fonte.
Com o compositor, violeiro e luthier Levi Ramiro, desenvolveu um trabalho misturando elementos da MPB com a música caipira e gravou participações em dois discos do herói da viola: Capiau (2013) e Purunga (2016).
Na banda Inlakesh, ao lado de outras três musicistas, produziu rock’n roll setentista por 14 anos. O grupo alcançou grande projeção no interior de São Paulo. Com o compositor Heleno Vale, participou do segundo e terceiro discos da Ópera Metal Soulspell.
Em 2012, e passou uma temporada de cinco meses em Nova York. A convite da compositora canadense Billie Woods, apresentou-se também em Salt Spring Island, em British Columbia, Canadá. Na Espanha, foi atração do festival Jazzin’Albarracín.
Leia nossa conversa com Manu, em que ela fala do seu primeiro álbum, poder de cura pela música e influências:
Qual é o conceito do disco e em que momento ele surgiu?
Manu Saggioro – Gravar o primeiro disco aos 36 anos, sendo que estou nos palcos e estúdios desde os 19, foi um grande desafio. Precisei encontrar, diante de tudo o que já experimentei e do que vinha compondo, onde eu mais me reconhecia em profundidade. Então o disco tem um pouco de várias influências mas tudo pautado pelo meu agora e meu lugar de calma também. É como se eu tivesse feito uma enorme andança mas reconhecido meu local de ancoragem.
Não sei definir o conceito do disco (risos).
Crê no poder da cura pela música?
Manu – Sim. Acompanho trabalhos fortes de cura pela música, acredito muito. A minha música pode ser até remédio. Tirar os sintomas de uma doença qualquer, aliviar, pode gerar talvez uma catarse seguida de elucidação profunda, mas cura total e real, um dia chego lá.
Quais são suas maiores influências?
Manu – Joni Mitchell, Grace Slick, Mutantes, Renaissance, Tetê Espíndola, Luhli, Lucina, Eric Clapton, Caetano, Ceumar, Levi Ramiro, Bjork, Jai Uttal, Udiyana Bandha, Carioca Freitas, Loreena Mckennit, Titane.
Quais são suas principais referências estéticas?
Manu – A natureza, a simplicidade de pequenos povoados, a complexidade e os anseios da alma.
Quais são seus valores essenciais?
Manu – A fé no bem, a gratidão pela existência, o amor pela natureza e todas as formas de vida.