A música de Natália Matos, que chega ao terceiro álbum nesta sexta-feira, dia 12 de agosto, é como um rio que vai firme e elegante aos seus afluentes, repleto de pequenos igarapés.
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Passeando entre sonoridades distintas, mas sempre com verniz pop, a cantora e compositora paraense chega ao seu terceiro álbum, “Sempre Que Chover, Lembra de Mim” (YB Music), consolidando um lugar para sua música . O disco, que conta com produção musical de Kassin, e participação de Fafá de Belém, marca a origem paraense da artista – presente desde a referência explícita no título até os timbres, sejam da voz ou dos arranjos -, mas aponta para uma temporalidade curiosa: o álbum, que conta com 11 composições, a maioria delas solo (somente três foram feitas em parceria, uma com Matheus Brant, duas outras com Leandro Muniz), é como uma canção de rádio de todos os tempos.
Há a dramaticidade fina de um bolero, ou a leveza de um samba bossa-novista, passando pela quentura de um brega, ou tons algo lascivos de uma MPB contemporânea, mas sempre ressoando como se saída do rádio, seja dos anos 70, 90, ou 20.