Não é todo dia que ficamos frente a frente com um integrante do Pink Floyd. No caso, a lenda David Gilmour, que está no Brasil para quatro shows com a turnê de seu novo álbum Rattle That Lock. Nesta manhã de quinta (10), o músico fez uma coletiva para falar sobre sua primeira visita ao país, e o Virgula esteve lá para te contar cada palavra dita por esse mestre.
Ao lado de sua esposa, Polly Samsom (escritora, e responsável por várias letras do álbum The Division Bell), do guitarrista Phil Manzanera (ex-Roxy Music) e o jovem saxofonista brasileiro João de Macedo Mello, Gilmour disse que está empolgado em estar no Brasil: “Nunca pensei que seria possível estar aqui. Sempre houve complicações sobre viagens que me impediam de vir. É um desafio! Estamos preparando um show especial. Estar aqui é algo que queria fazer há muito tempo.”
Sobre não incluir no setlist nenhuma canção de seus dois primeiros álbuns solos, o músico explica: “Eu tenho tanto material para tocar, desde 1968, incluindo coisas antigas e conhecidas do Pink Floyd, que não consigo tocar tudo. Desculpe por não tocar suas favoritas”, disse.
Claro que, perguntas sobre Pink Floyd e uma possível volta do grupo não poderiam faltar. “Foi ótimo quando tocamos no Live 8, em 2005, mas os ensaios foram difíceis, por causa do nosso histórico doloroso. Na época falamos sobre quais músicas tocaríamos na apresentação e no fim tive que dizer a Roger Waters que ele seria apenas um convidado do Pink Floyd. Óbvio que existe muito incentivo e interesse comercial para uma nova reunião da banda, mas não é algo que quero pra mim à essa altura da vida. Não gostaria de repetir aquela tensão”.
Sobre o os álbuns que Gilmour mais gosta, ele disse que não consegue lembrar de seus cinco preferidos, mas citou um: “Eles mudam à toda hora, mas adorei Push The Sky Away, o mais recente do Nick Cave and The Bad Seeds. É o meu preferido dos últimos tempos e sei que ele já viveu em São Paulo”.
Quando questionado se conhece alguma coisa de música brasileira, Gilmour se desculpa: “Sinto muito. Nunca tive muito contato com a música feita na América do Sul, exceto por algumas canções que já ouvi tocando em rádios da Inglaterra. Me desculpe”.
David Gilmour toca dias 11 e 12 de dezembro, no Allianz Parque, em São Paulo, dia 14, na Pedreira Paulo Leminski, em Curitiba, e finaliza a turnê brasileira dia 16, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre.
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O dark side do Pink Floyd
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