A combinação de ritmo dançante e uma mensagem política impactante marca a estreia da cantora e jornalista Ro Araujo em seu primeiro single autoral. “Mulher Negra” bebe das fontes de Gilberto Gil, Luedji Luna, Caetano Veloso e Gal Costa e se une às celebrações do Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, para cantar uma “vida de lágrima e dor / de força e fé / lutas e lutos eternos” e questionar: “até quando nessa maré?”.
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Nascida em Nova Iguaçu (RJ), Ro Araujo traz consigo uma rica trajetória musical que teve início nas ruas da cidade carioca, onde tocava percussão e cantava nos blocos de carnaval. Essa influência percussiva é evidente em “Mulher Negra”, que traz elementos de um ijexá pulsante e envolvente.
A canção, em si, é uma poderosa expressão da identidade feminina e negra, questionando estigmas e estereótipos associados à negritude. A letra afiada e atual ressoa com a luta por igualdade, levantando importantes questões sobre a vivência da mulher negra na sociedade.
Em parceria com a Memória Lúdica, o lançamento inclui um videoclipe que exalta a potência. A produção visual complementa a mensagem da música, reforçando a importância do empoderamento e da representatividade.
“Essa música é uma forma de resistência e celebração da mulher negra, que carrega consigo uma história de força, luta e superação. A canção tem influência dos sons da Bahia como homenagem à minha avó, que era baiana e faleceu recentemente”, salienta Ro, que inclui uma imagem da matriarca da família na cena do banquete. A cantora também revelou que “Mulher Negra” é apenas o primeiro de uma série de sete singles que serão lançados até janeiro de 2024, cada um com sua própria identidade e mensagem.
Ro Araujo já vem construindo seu nome no cenário musical brasileiro por suas colaborações e participações em projetos importantes. Em 2020, através da Warner Music, ela lançou o single coletivo “Deixa fluir”, em parceria com artistas do curso Música e Negócios da PUC-Rio e Oi Futuro. No mesmo ano, a cantora participou da residência artística Programa MARES, do Movimento das Mulheres Sambistas, resultando em um álbum autoral coletivo.
A artista fez parte do coro do álbum “Mulheres na Independência” de Zélia Duncan e Ana Costa, previsto para ser lançado em 2023, além de ter trabalhado com a banda Jazz das Minas, liderada por Maíra Freitas. Neste ano também participou do SONORA – Festival Internacional de Mulheres Compositoras e foi selecionada para a MIAAU – Mostra de Integração Artística Autoral. Além de ser semifinalista do Prêmio TOCA.
Inaugurando uma nova fase criativa, a música “Mulher Negra” está disponível nas principais plataformas digitais, e o videoclipe pode ser assistido no canal oficial da artista no YouTube. Outras novidades serão reveladas em breve.