Nesta quinta, 9, é celebrado o Dia Internacional do DJ, e para falar sobre essa profissão musical que vem ganhando cada vez mais popularidade, ninguém melhor do que o multipremiado DJ Erick Jay. “É um dia que valoriza a nossa cultura. Somos nós que levamos cultura musical, informação, alegria e entretenimento para as pessoas, por isso, nada melhor que ter um dia para nós“, diz o paulistano em conversa com o Virgula.
Entre tantos ótimos DJs no mercado mundial e nacional, Erick Jay vem se destacando, e muito; em 2016 ele venceu o IDA World Champ, uma das maiores competições de DJs do mundo realizada na Polônia, e o DMC World, em Londres, tornando-se o primeiro sul-americano a conseguir tais títulos. Fraco, não!
“Não posso negar que esses títulos mundiais me trouxeram alguns privilégios. Após as conquistas, sou chamado para tocar em festas e eventos por todo o país, ministrar vários workshops, e recebo convites para participar de feiras e debates sobre música, vinil, rap, etc“, conta Erick, e emenda: “Antes dos títulos, isso já acontecia, mas com uma frequência menor. Este reconhecimento é fruto do corre que estou fazendo há vários anos“.
Porém, para a massa, a profissão de DJ, ou o que é realmente ser um DJ, é bastante incompreendida, e Erick explica: “A aceitação e popularização da classe vem acontecendo aos poucos, só que ainda falta muito respeito e informação sobre o que é ser DJ. Muitas pessoas acham que a profissão é colocar um disco ou uma playlist para tocar; que é só curtição. Essa visão limitada faz com que vários contratantes não valorize o DJ. É claro que existem muitos ‘DJs’ que não são profissionais e acabam contribuindo para esta desvalorização. Mas, quem realmente conhece e acompanha a cena sabe que a arte vai mais além“.
Com tanta experiência nas pickups, e cacife para falar sobre o assunto, Erick comenta sobre a função de um produtor estar cada vez mais fundida com a do DJ, e vice-versa, como é o caso de grandes nomes como David Guetta e Calvin Harris: “Esses profissionais citados e mais um monte são bem mais produtores do que DJs de fato. Eles tocam suas músicas que fazem sucesso, mas acabam não explorando a arte. Acredito que a tendência do DJ já é virar produtor por vários aspectos, principalmente pela tecnologia disponível. Os recursos tecnológicos ajudam muito na produção. Eu acredito que temos que ser os dois: DJ e produtor“.
Sobre os próximos passos, o DJ paulistano já tem planos e mais planos para este ano: “No segundo semestre vou defender o bicampeonato no DMC World 2017 e no IDA World 2017. Também pretendo lançar alguns discos, abrir um escola de DJ, e ainda tocar e gravar com bandas de estilos musicais diferentes”.
Avoa, Erick Jay. E parabéns a todos os DJs!