“A revolução não será televisionada” foram as palavras mais famosas de Gil Scott-Heron, poeta e músico americano que morreu nesta sexta (27) com apenas 62 anos. Ele era HIV positivo.

Quem deu a notícia foi o publisher de Scott-Heron nos EUA, Jamie Byng. “A morte de Gil Scott-Heron NÃO é boato. Estou tão triste. Ele uma das pessoas mais inspiradoras que eu já conheci”, disse Byng no Twitter.

A vida e carreira de Scott-Heron foi um pouco como sua frase famosa. Artista que revolucionou a música negra, Scott-Heron nunca foi celebridade ou popular. Nunca apareceu muita na televisão. Mas suas poesias musicadas, seus retratos realistas e contundentes das dificuldades do gueto, fizeram dele um reconhecido pioneiro do rap. Sem falar que suas faixas foram sampleadas à exaustão pelo pessoal do hip hop, de Kanye West a De La Soul, de Common a 2Pac.

No final de 2010, o músico viria ao Brasil para um show na Mostra Sesc de Artes, mas teve que cancelar a viagem ao país por causa de um problema crônico na perna.

Gil Scott-Heron nasceu em 1º de abril de 1949 em Chicago. Seu primeiro álbum, de 1970, foi Small Talk at 125th and Lenox, que traz The Revolution Will Not Be Televised

Outro álbum clássico seu é Winter In America, lançado em parceria com o músico Brian Jackson. Este álbum, que vendeu 300 mil cópias nos EUA, contém uma de suas faixas mais famosas, The Bottle, sobre o alcoolismo.

Depois de ficar 16 anos sem gravar, Scott-Heron lançou em 2010 o álbum inédito I’m New Here. Um disco com as faixas do álbum remixadas por Jamie XX, We’re Not Here, saiu este ano.

Veja abaixo o clipe para The Bottle:




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Morre o músico e poeta Gil Scott-Heron, considerado um dos pioneiros do rap

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