Mais um artista veterano da Bahia se vai em 2008. Waldick Soriano faleceu hoje, aos 75 anos, no Instituto Nacional do Câncer, por volta das 5h30 da manhã, no Rio de Janeiro. O responsável por clássicos românticos como Eu não sou cachorro não, A Carta e Paixão de um homem lutava contra o câncer de próstata desde 2006.

O corpo de Waldick Soriano será velado na Câmara dos Vereadores hoje, a partir das 20h, e sepultado amanhã, no Cemitério do Caju.

O cantor, nascido em Caetité, no interior baiano, residia em Fortaleza, mas estava na capital fluminense desde abril, por conta do tratamento contra o câncer. Ele deixa a esposa, Valquíria Soriano, com quem vivia há 38 anos, além de oito filhos.

Homenagens

No ano passado, Soriano foi homenageado em um documentário sobre sua vida, dirigido pela atriz Patrícia Pillar e intitulado “Waldick, Sempre no Meu Coração”. Além do filme, foi lançada também a coletânea Eu não sou cachorro mesmo, na qual talentos mais jovens da música nacional, como Fernanda Takai, Fino Coletivo e Móveis Coloniais de Acaju apresentam versões para canções do mestre.

Mais perdas

Waldick não é o único ícone baiano a se despedir da música neste ano. Em agosto passado, o Brasil perdeu Dorival Caymmi, um dos maiores compositores brasileiros, cujo falecimento, aos 94 anos, causou luto em várias esferas da sociedade e comoção na comunidade artística, com gente como Chico Buarque, Ivete Sangalo e Gal Costa lamentando sua partida.

Além dele e de Soriano, se foi ainda Walter Santos, um dos pioneiros fundamentais da bossa nova e pai da cantora Luciana Souza. Ele morreu aos 77 anos, em maio deste ano, também de câncer. Entre seus feitos, a fundação da primeira gravadora de música instrumental da música popular brasileira, a Som da Gente, e a participação no álbum Canção do Amor Demais, de Elizeth Cardoso. Suas músicas foram gravadas por Elis Regina, Luiz Gonzaga e Hermeto Pascoal, dentre outros.


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Morre no Rio Waldick Soriano; música baiana perde mais um ídolo