O italiano Claudio Abbado, diretor musical durante anos da Filarmônica de Berlim, do Teatro de Scala (Milão) e da Ópera de Viena, morreu nesta segunda-feira (20) em Bolonha aos 80 anos.
Abbado foi nomeado senador vitalício da Itália em 30 de agosto de 2013 e decidiu destinar seu salário à Escola de Música da pequena cidade de Fiesole, seu último gesto para promover a música clássica.
Claudio Abbado nasceu em Milão, em 26 de junho de 1933, filho de pai violinista e professor de conservatório, e de mãe pianista.
Em 1958, estreou como diretor em Trieste para passar depois ao Teatro de Scala de Milão, onde ocupou o cargo de diretor de 1968 a 1986, posto que manteve junto com a direção da Orquestra Sinfônica de Londres, de 1979 a 1989, e da Ópera do Estado de Viena, de 1986 a 1991.
Claudio Abbado é lembrado por ter substituído em 1989 Herbert von Karajan na direção da Filarmônica de Berlim, onde ficou até 2002.
Abbado é visto na Itália como um diretor “revolucionário” por seus projetos para levar a música clássica às prisões e pediatrias de hospitais, ao considerar que “a educação musical é, na realidade, a educação do homem”.
Em 2010, também dirigiu a Orquestra Juvenil Simón Bolívar, na Venezuela, e impulsionou e apadrinhou o jovem diretor venezuelano Gustavo Dudamel.
Durante sua longa trajetória recebeu vários prêmios, como o título de Cavalheiro da Grande Croce italiana (1988) e a Cruz da Legião de Honra francesa (1989), além dos títulos “honoris causa” das Universidades de Ferrara (Itália) e Cambridge (Reino Unido).