O astro da música eletrônica Moby chamou a atenção da mídia quando licenciou todas as faixas do seu álbum anterior, “Play”, para anunciantes. Mas agora ele não planeja fazer o mesmo com seu disco recém-lançado,”18″.

“Licenciamos as músicas de ‘Play’ porque era a única maneira possível de fazer as pessoas ouvirem nossa música”, disse Moby sobre o disco de 1999. As faixas chegaram a aparecer em comerciais da American Express, Nissan, Nordstrom e outros.

O lance comercial deu certo. “Play” foi um sucesso, atingindo 10 milhões de cópias vendidas e responsável pela entrada de Moby no mainstream, após quase uma década de carreira no rock e dance.

Com todo o êxito, no entanto, “18” está ganhando muito mais do que Moby costuma chamar de “suporte convencional”, entre transmissões de rádio, exposição no canal de televisão MTV e importância na imprensa.

“Nós tivemos pedidos (de licença para a música “18”), mas dissemos não a todos”.

Liderado pelo hit “We Are All Made of Stars”, o lançamento do álbum “18” em maio deste ano nos Estados Unidos alcançou o quarto lugar na parada da Billboard, vendendo logo na primeira semana 126 mil cópias. Atualmente o disco se encontra na 26a posição, com o total das vendas em 291 mil cópias.

Moby, cujo nome real é Richard Melville Hall — ele tem como parente distante o autor de “Moby Dick”, Herman Melville –, disse que estava satisfeito com o bom começo de “18”, mas insistiu que seu foco não era comercial.

“‘Play’ vendeu 10 milhões no mundo todo, mas eu não estou esperando isso desse álbum. Minha preocupação principal é fazer algo que eu ame e que sinta que seja importante para as pessoas”.

Mas Moby não descarta a possibilidade de fãs ouvirem uma das músicas de “18” em alguma propaganda de TV.

“Estou certo de que se alguma oportunidade interessante de licença aparecer, certamente vou tirar vantagem disso”, completou o músico.


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Moby não quer licenciar faixas do novo álbum para comerciais

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