Sum, cuja grafia usada pelo duo é Su:m, significa “pausa para respirar” em coreano. E foi justamente isso o que aconteceu no Parque Lage, no Rio de Janeiro, durante a apresentação de Jiha Park e Jungmin Seo neste domigo. A penúltima atração do Mimo 2015 mostrou seu som contemplativo, introspectivo e hipnótico.
De forma bem serena, a dupla se posiciona em lados opostos do palco e executa suas canções oscilando entre a leveza e a intensidade de suas notas, com poucos olhares entre sim e muita concentração nessa criação de climas.
Essa atmosfera que provoca essas “pausas para respirar” só era quebrada pela ovação do público, que gritou intensamente assim que cada canção se cessava.
É esta montanha-russa de emoções que as coreanas buscam com seu som, uma espécie de trilha sonora da modernidade, simulando a agitação urbana das metrópoles e compassos silenciosos, que evocam a introspecção.
Criado em 2007, o duo se alterna em diversos instrumentos tradicionais, como piri, feito de bambu e com a sonoridade lembra o oboé, a saenghwang, uma espécie de órgão de boca feito por 17 tubos de bambum, e a gayageum, uma cítara de 12 cordas.