Divulgação Pat Thomas

Nome destacados do highlife, Pat Thomas, passa por uma redescoberta. O ganês, que vem ao Brasil em novembro para dois shows no Mimo Festival, acaba de ganhar a retrospectiva Coming Home (Original Ghanaian Highlife & Afrobeat Classics 1967-1981). Assim, ele se torna mais uma peça no quebra-cabeça que está provando que a música popular africana vai muito além de Fela Kuti (1938-1997). Não que Fela deva ser menosprezado, pelo contrário, ele foi um dos maiores artistas do século 20, mas há muito a desbravar para além do hype.

Uma prova surpreende desta fertilidade surgida este ano foi a coletânea Space Echo – The Mystery Behind The Cosmic Sound Of Cabo Verde. Nos últimos anos, podemos destacar também Bombino, do Níger, Tinariwen, do Mali, Mulatu Astatke, da Etiópia. Sem contar outros nomes que fazem sucesso há décadas. Para citar alguns: Salif Keita, do Mali; Tony Allen, da Nigéria; Ebo Taylor, de Gana. Pat, inclusive, surgiu com este último.

Sobrinho do guitarrista King Onyina, que trabalhou com Nat King Cole, Pat é parte de um movimento que aproximou a África das influências ocidentais. “Um aspecto chave da criatividade surge do intercâmbio entre Gana, Nigéria e Etiópia e todos os lugares nos anos 60 e 70 que foram base para músicos que abraçaram influências do hemisfério ocidental. Claro que Coming Home reflete esta dinâmica, enquanto Thomas e companhia navegam pelas confluências de highlife, swing jazz, Latin jazz, Afrobeat, psychedelic rock, reggae, funk e disco.

Pat se apresenta no Mimo com a Kwashibu Area Band nos dias 12/11, no Rio de Janeiro, e no dia 19/11 em Olinda.


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Atração do Mimo, Pat Thomas mostra hype africano além de Fela Kuti

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