Filho de Elba Ramalho e Maurício Mattar, Luã Yvys é músico e produtor e sempre atuou nos bastidores. Mas este ano ele deve lançar seu primeiro álbum autoral, que ele compôs, produziu, arranjou, tocou e cantou em todas as faixas.
Leia nossa conversa com Luã, em que ele fala de tendências, referências, influências e revela um pouco sobre o que vem por aí:
O que está rolando de mais interessante na música hoje na sua opinião?
Luã Yvys – Acredito que o mais interessante e inovador no cenário musical de hoje em dia é a possibilidade de engajamento e independência dos artistas para conduzir suas próprias carreiras através do engajamento digital, principalmente através das redes sociais e plataformas de streaming.
Isso abre espaço para uma maior liberdade artística e criativa sem falar na relação com as pessoas que estão a procura de novos artistas, gêneros e sonoridade.
Existe algo na sua música que seja típico de seu lugar de origem?
Luã – Sou brasileiro nascido em Campina Grande e criado a vida toda no Rio De Janeiro mas antes e acima de tudo sou um ser humano, cidadão do mundo e minha música tem origem na sonoridade raiz de todas as culturas que me inspiram.
Componho desde os 17 anos e me inspiro na essência do que sinto e o que sou através dos tempos e além. No meu álbum autoral em fase final de produção incluo tanto a minha primeira composição até uma das últimas ou seja é uma jornada musical que reúne mais de uma década de vida compondo, muitos instrumentos étnicos e folclóricos misturado a sonoridades experimentais, minha voz e violão dando o tom da condução.
Que característica crê que seja mais marcante na sua geração?
Luã – Creio ser o elo entre o velho e o novo. Influéncias musicais antigas e inspirações sonoras atuais. Já trabalhei como produtor musical em projetos autorais com banda e artistas novos e independentes o que me trouxe a possibilidade de aprender muito com artistas mais novos e mais velhos que eu e sinto que é fundamental essa experiência para se ter um equilíbrio e maturidade para lidar com a velocidade que as coisas acontecem nos dias de hoje e não se perder no meio do caminho. Fundamental é seguir um caminho que tem coração.
Quais são suas principais referências estéticas fora da música?
Luã – Amo pintura e cinema. Inclusive para a identidade visual do meu álbum pretendo criar um conceito de imagem em parceria artística com uma pintora e já estou preparando vídeos dentro do estúdio gravando com os músicos e falando um pouco do projeto, um making of de todo o processo criativo.
Me inspiro muito nas forças da natureza então criarei todo um conceito estético inspirado nisso com certeza, mas que possa transcender a imagem e tocar as pessoas de alguma forma.
Quais são suas maiores influências?
Luã – Sou extremamente eclético e muito experimental e escuto tudo aquilo que me faz sentir e me inspira de alguma maneira. Tento sempre me conectar com as sonoridades únicas e características de todas as culturas do mundo e busco sempre uma criatividade espontânea dentro de tudo o que faço para sempre trazer uma humanidade pro som e a minha personalidade com muito respeito a ancestralidade e poder de conexão de cada artista, música, estilo e gênero.
Quais são seus valores essenciais?
Luã – Consciência, respeito e responsabilidade para ser e agir de acordo com a minha verdade.
Quais são suas próximas jogadas?
Luã – Esse ano estou completamente focado no lançamento do meu projeto autoral, é um álbum de 13 músicas onde compus, produzi, arranjei, toquei e cantei todas as músicas com participação de músicos fantásticos e muitos novos talentos do cenário musical, dentre eles uma cantora carioca independente chamada Laila Nassan que irá lançar seu EP Na Minha Rua que tive o prazer de produzir. Pra quem quiser conhecer o meu trabalho de produção o single A Moça Do Sonho já está disponível em todas as plataformas digitais.