Divulgação Zeca Baleiro

Goste você ou não, Zeca Baleiro é um fenômeno. Enquanto outros artistas da sua geração caíram na invisibilidade, sentença de morte em tempos de likes e clicks, ele conseguiu se manter em alta. Em qualquer lugar que você vá a um show do cantor e compositor de 51 anos encontrará um grande público e verá um espetáculo redondo.

Em setembro, ele lançou pelo selo próprio Saravá Discos o álbum Arquivo_Duetos 1, com colaborações de Baleiro com músicos brasileiros e da França (Bernard Fines e Nicola Són), Japão (Kana), Portugal (Susana Travassos) e Uruguai (Samantha Navarro).

Recentemente, Zeca se apresentou fazendo blues na última edição do Festival BBSeguridade de Blues e Jazz em Porto Alegre (foram seis capitais). Veja a ideia que nós trocamos com Zeca Baleiro.

Por que quis fazer esse show dedicado ao blues?
Zeca Baleiro – Fui convidado pra participar do projeto. Queria dar uma ideia dessa minha faceta blueseira, sem esquecer de caras importantes que dialogaram com esse gênero de uma forma muito brasileira, como Luiz Melodia e Celso Blues Boy. E tem um pouco do meu trabalho autoral também, claro.

Considera que sua origem no Maranhão esteja presente e seja importante para sua música e para que seja um artista popular?
Zeca – Sim, é específico demais nascer no Maranhão (risos). Isso me deu uma matéria-prima peculiar pra compor.

Você tem uma intuição especial para perceber que uma música vai ser hit ou não? Que elementos uma grande música precisa ter na sua opinião?
Zeca – Difícil. É tudo muito intuitivo, acho. Telegrama, por exemplo, hoje uma das minhas músicas mais conhecidas, eu achava estranhíssima, pensava que nunca tocaria no rádio.

Com que artista sonha em colaborar?
Zeca – Não sonho, fico esperando que aconteça naturalmente. Bob Dylan talvez.

E caso pudesse fazer esta parceria com um artista que não está entre nós, quem escolheria?
Zeca – Belchior, Sergio Sampaio, Lula Côrtes…

O que está acontecendo de mais novo na música hoje, na sua opinião?
Zeca – Acho que hoje há ótimos instrumentistas surgindo, talvez seja uma geração mais de instrumentistas que de compositores, embora tenha visto compositores interessantes também, em várias frentes – samba, rock, forró, rap…

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Créditos: Caroline Lima

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'Maranhão me deu uma matéria-prima peculiar pra compor', diz Zeca Baleiro

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