O que acontece quando o pagodão baiano se encontra com o funk carioca e temperos da fusão Brasil-África? Essa reunião de ritmos é a proposta do Mandinga Beat, coletivo criado pelo guitarrista, cantor e produtor musical André Sampaio e o DJ, beatmaker e produtor musical angolano Joss Dee, em seu novo single, “Jogando Vem”, com colaboração de Lelekito e Tiago THC.
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A novidade, que chega às plataformas digitais, segue o propósito do coletivo de promover uma viagem entre Brasil e África por meio da fusão de ritmos brasileiros e africanos em diálogo com a música diaspórica contemporânea. A sua sonoridade tem raízes nos encontros e intercâmbios culturais em viagens ao Mali, Burkina Faso, Moçambique, México, Europa, Angola e Brasil, num grande encontro de sons periféricos no qual beat é a chave.
“A parceria com Lelekito e THC começou a nascer por meio do grafiteiro Toz Viana, do projeto ‘PAZ’, parceiro do Instituto Mandinga, nosso projeto social, que nos conectou. A partir daí, participei de uma música do EP deles, ‘Pagodão Carioca’, e depois começamos a produzir a nossa. O Joss chegou e trouxe suas referências e alinhou com as deles, do pagodão, das fusões Brasil-África e a pegada do funk mais atual”, conta André Sampaio.
Som periférico, entre o ancestral e o contemporâneo
O Mandinga Beat é um coletivo que nasce do encontro entre André Sampaio, que mergulhou fundo nas guitarras do oeste africano em contato com as musicalidades da diáspora, e Joss Dee, que traz consigo os afrobeats, afro house, kuduro e outros gêneros eletrônicos africanos. A dupla expande horizontes ao aprofundar o diálogo entre ancestralidades e contemporaneidades com novas fusões musicais entre África e Brasil aliadas a cantores, produtores e músicos que trazem outras pontes com ritmos periféricos e de matriz africana.
Desses encontros brotam fortes riffs de guitarra de diversos estilos africanos, passando pelos ijexás e bebendo também do funk rock norte-americano. Cantigas tradicionais, rap e canções costuram a poética que aborda assuntos desde ancestralidade até críticas sociais, sempre buscando uma mensagem positiva e de superação das dificuldades. Dos berimbaus, passando pelos tambores do candomblé, do caribe e até do coco nordestino – o groove dos afrobeats faz a ponte entre os ritmos modernos de África e o funk, samba-rock e outros gêneros do Rio de Janeiro. Tudo isso envolvido por uma atmosfera dub/reggae aditivado por beats e timbres eletrônicos que levam o som do grupo para um contexto urbano e contemporâneo.
Vem EP por aí
O single inicia uma série de lançamentos até o EP “Mandinga Beat”, previsto para o segundo semestre. Todas as novidades serão apresentadas no show “Mandinga Beat – Live PA”, que também conta com versões para hits e clássicos do reggae, samba, afrobeats, músicas dos trabalhos solo de André Sampaio, Joss Dee e dos demais membros do coletivo.
O espetáculo é formado por André Sampaio na guitarra e voz, Joss Dee nas bases e beats eletrônicos e Jander Magalhães na percussão. Em muitas das apresentações, cantores e artistas que colaboram com o coletivo fazem participações especiais e tornam o show um grande encontro em formato Sound System. O formato Live PA é um rico caleidoscópio de influências e musicalidades de matrizes africanas contemporâneas e ancestrais em uma atmosfera futurista e feita para a pista de dança.
“Trata-se de um baile de fusão afro-contemporânea que não deixa ninguém parado. É música para dançar, expandir a consciência e conectar pessoas de todo o mundo”, explica Joss.