O vídeo de Mais Ninguém, hit da Banda do Mar, ultrapassou 10 milhões de visualizações. Mallu Magalhães aproveitou e fez um textão no Facebook em que falou sobre os perrengues que enfrentou ao se mudar junto com o marido, Marcelo Camelo, para Portugal, onde vive.
“A vizinha de cima nos emprestou uma mesa depois de eu contar que comíamos no papelão. Não dava para comprar nada porque quando chegassem nossas coisas não caberia. E além disso, eu tinha gasto uma nota na mudança, muito por causa do piano (como deixá-lo?)”, escreveu a cantora.
Mallu e Camelo tivera uma fiha, Luísa, que nasceu no dia 28 de dezembro. Nesta sexta, Mallu postou uma foto da pequena em sua conta no Instagram.
“As tantas, sei lá porque, resolvi clicar no clipe de “Mais Ninguém”. Chegamos a 10 milhões de visualizações. Dez milhões. É muito. Quando começou, o baixo me seduzia e a batida me derrubou. Que banda, na boa… Que orgulho…
O inverno já chega no fim, por aqui. Lembrei da gravação do disco, minhas mãos doíam horrores e as juntas dos dedos pareciam enferrujada. Era dificílimo tocar no inverno, para mim. O apartamento era branco, frio e vazio. Os móveis, que vinham de navio do Rio de Janeiro, atrasaram.
Atrasaram seis meses.
A mesa de centro era a caixa da televisão. A vizinha de cima nos emprestou uma mesa depois de eu contar que comíamos no papelão. Não dava para comprar nada porque quando chegassem nossas coisas não caberia. E além disso, eu tinha gasto uma nota na mudança, muito por causa do piano (como deixá-lo?).
Não tenha pena de mim. Estava ótima. Corria na beira o rio, que nem louca ouvindo som e vivia com uma mala: duas calças, quatro camisetas, dois tênis e os documentos.. Tudo preto pra não ter perigo de não combinar. O resto da bagagem era de instrumento e os dos gatos. Antes uns chocalhos e os bichanos que mais roupas…
Foi assim que chegamos.
E hoje, sentada no sofá quentinho, com a bebê no colo e a casa toda alegre, vejo nosso vídeo a plenos 10 milhões de visualizações.
Não acho que sou chorosa ou franga demais. Acho plenamente digno chorar ao lembrar de tudo isso ao som de “Mais Ninguém”.”